Com as fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, causando enchentes em grande parte do Estado, os casos de leptospirose estão aumentando. Nesta terça-feira (21), a prefeitura de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, confirmou a morte de um homem de 33 anos que teve contato com a água contaminada na cheia que atingiu a região.
Conforme a prefeitura, o óbito ocorreu no dia 17 de maio. A vítima não teve o nome divulgado pelo município.
A leptospirose é uma doença transmitida pela urina de ratos que se mistura na água suja. A médica pneumologista e mestre em medicina tropical pela Fiocruz Letícia Oliveira Dias explica que, além da lesptospirose, a população deveria se preocupar com a hepatite A.
“Situações de enchente oferecem riscos imediatos e futuros à saúde para as pessoas que vivem na região do desastre. Entre as principais doenças que a população do Rio Grande do Sul deve se atentar estão as infecções como leptospirose, doença causada por uma bactéria encontrada na urina do rato e que pode entrar pela pele humana, hepatite A, doença transmitida por vírus presentes em alimentos ou água contaminados, além de doenças diarreicas agudas”.
O Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi) de Venâncio Aires informou que outros dois casos positivos de leptospirose foram registrados, porém os pacientes já estão recuperados.
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram 119 pontos de captação de água no Rio Grande do Sul e alertaram que muitos estão situados em proximidade ou diretamente dentro das áreas inundadas, o que pode comprometer a qualidade e a segurança da água. “Este cenário impõe riscos significativos à saúde pública, pois a contaminação da água potável é uma das consequências mais graves das inundações”, afirma o estudo. A restrição […]
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