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Desvios de donativos para vítimas das enchentes são investigados em duas cidades gaúchas

today28/05/2024 55

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Por meio de seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) investiga duas denúncias de desvio de donativos para vítimas das enchentes nas cidades gaúchas de Cachoeirinha e Barra do Ribeiro. Ambas os casos estariam ligados a pré-candidatos às eleições municipais de outubro, quando serão escolhidos os próximos prefeitos e vereadores em todo o País.

Em Cachoeirinha (Região Metropolitana de Porto Alegre), a instituição realizou no dia 19 uma ofensiva para cumprimento de mandados de busca e apreensão em um depósito. Documentos, celulares e mídias permanecem sob análise, bem como outros procedimentos adotados contra a ação criminosa, motivada por fins políticos.

Ao menos três suspeitos são alvos do Ministério Público, em uma apuração motivada por denúncia de episódio que chamou a atenção dos integrantes do Gaeco: uma carreta transportando donativos de outro Estado foi descarregada em depósito que não consta nas listas oficiais de pontos de armazenamento.

Após uma apuração inicial do Núcleo de Inteligência (Nimp) do MP-RS, foi obtida autorização judicial para a operação. Os servidores detectaram “fortes indicativos de apropriação indevida” pelos suspeitos, que têm envolvimento com atividades políticas no município.

Barra do Ribeiro

Já em Barra do Ribeiro (Sudoeste do Estado), é investigada a apropriação de artigos enviados pela Defesa Civil estadual ao município. O ilícito teria sido cometido logo após a chegada da carga à cidade.

A investigação do Gaeco aponta para o fato de que os suprimentos, destinados a vítimas da enchente na região, foram encaminhados indevidamente a uma entidade ligada a um indivíduo com pretensões eleitorais no pleito deste ano. Ao menos três suspeitos foram identificados e visitados pela operação do MP-RS no dia 23.

Ao todo, três endereços (incluindo as residências de dois suspeitos) era utilizados para guardar o lote. No local foram apreendidas centenas de produtos, documentos, celulares e mídias eletrônicas que devem servir como provas. Os dois trabalhos investigativos são coordenados pelos promotores de Justiça do Gaeco André Dal Molin (coordenador do grupo) e Maristela Schneider (responsável pelo Núcleo Regional Metropolitano).

Fonte: O Sul

Escrito por Jornalismo

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