A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) inicia, nesta terça-feira, 18, um roteiro de reuniões presenciais, em Brasília, para tentar solucionar o impasse com o governo federal acerca da importação de arroz. Na programação estão encontros com deputados federais, senadores e com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
De acordo com o diretor Jurídico da federação, Anderson Belloli, o objetivo é buscar uma saída que não prejudique nem o segmento, que responde por 70% da produção nacional do grão e está extremamente fragilizado devido à catástrofe climática, nem o consumidor.
“Essa eventual diminuição de preço (de R$ 4 o quilo, como almeja o Executivo) é um benefício pequeno, frente ao prejuízo que ocorrerá em médio e longo prazos. A área cultivada com arroz diminuirá já na safra 2024/2025, e a consequência disso, inevitavelmente, será a elevação dos preços ao consumidor”, alerta Belloli.
A reunião com a Conab ocorrerá nesta quarta-feira, 19, e contará com a participação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na última sexta-feira, 14, Edegar Pretto reuniu-se com o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Elton Doeler, e com o diretor jurídico da entidade, Eduardo Coradini, em Porto Alegre.
A entidade sinalizou pela abertura de diálogo, pediu revisão da política de importação de arroz e qualificou como “oportuna e acertada a decisão do governo federal de anular o leilão”.
Confira o posicionamento oficial da Abiarroz na íntegra: “A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) entende como oportuna e acertada a decisão do Governo Federal de anular o leilão para compra de arroz.
A entidade espera que o episódio sirva para ampliar o diálogo com o setor orizícola brasileiro, de modo a superar versões inverídicas e injustas com toda nossa cadeia – do produtor ao consumidor.
Defendemos ainda, incisivamente, que o Governo Federal reveja a política estabelecida nesse caso. Uma intervenção sem um diálogo construtivo com as partes envolvidas pode abrir precedente prejudicial à sustentabilidade do mercado, ao próprio consumidor final e à economia brasileira como um todo.
Garantimos, mais uma vez, o abastecimento do país, um arroz de qualidade na mesa dos brasileiros e um preço justo, praticado dentro dos parâmetros do livre mercado.
Respeitamos os papéis de todos os entes e estamos abertos para fortalecer um diálogo produtivo, certos de que todos queremos preservar emprego e renda, desenvolver o país e garantir qualidade de vida à nossa população.”
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