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Radio Santa Cruz AM 550
O vereador Leonel Garibaldi (Novo), relator do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, e Nicole Weber (Podemos), presidente do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores, protocolaram nesta terça-feira, 2, um pedido de cassação contra o vereador afastado Henrique Hermany (PP). Após, os legisladores concederam uma entrevista coletiva, no Plenarinho, para falar sobre o encaminhamento.
Em entrevista à Rádio Santa Cruz, a vereadora Nicole disse que é a primeira vez na história que dois vereadores protocolam um pedido de cassação de um legislador. “Estamos mostrando, mais uma vez, o que um vereador não pode fazer. Um legislador não pode atuar com troca de favores, não pode usar da máquina pública para favorecimentos financeiros e para ter poder”, salienta.
O vereador Leonel Garibaldi explicou que o pedido de cassação foi encaminhado por ambos na condição de Vereadores, e não através do Conselho de Ética da Câmara. “Sobretudo como cidadãos, porque qualquer cidadão poderia protocolar um pedido desta natureza”, destaca.
Leonel Garibaldi também detalhou os próximos passos do pedido, a partir do encaminhamento desta terça-feira. “Depois de hoje haverá um momento no plenário em que os vereadores, por uma maioria simples, deverão definir o aceite desta denúncia de cassação. Se aceito, será instaurada uma comissão para fazer as análises necessárias e dar continuidade aos trabalhos. A partir disso, também se dará o direito de defesa. Serão feitas análises de provas, algo parecido com o que aconteceu no Conselho de Ética. Ao final, dentro de um prazo de até 90 dias, essas provas serão remetidas ao plenário para sua definição de cassação ou não”, descreve.
A votação do aceite ocorre na próxima segunda-feira na sessão ordinária da Câmara de Vereadores. De acordo com Nicole, ela e Leonel não podem votar por serem os autores do encaminhamento do pedido de cassação. “Nós não podemos, mas nossos suplentes sim”, informa.
Se cassado, o vereador afastado Henrique Hermany ficará inteligível por oito anos.
Por: Kássia Machado
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