Câmara de Vereadores presta homenagem aos 200 anos da Igreja Evangélica de Confissão Luterana

A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul realizou sessão solene na noite desta segunda-feira, dia 8, no Plenário Vereador Nilton Garibaldi, quando prestou homenagem à Igreja Evangélica de Confissão Luterana pela sua presença dos 200 anos no Brasil. A iniciativa foi da vereadora Nicole Weber (Podemos).

A sessão foi conduzida pelo presidente Gerson Trevisan (PSDB), sendo a mesa de honra composta pelo presidente da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana – Centro, Rugard Kanitz; o presidente da Paróquia Castelo Forte, formada pelas comunidades Gustavo Adolfo, João Alves e Pinheiral, Ivo Zingler;  o presidente da comunidade Bom Pastor, Eloi Pranke; o presidente  da Paróquia Santa Cruz, formada pelas Comunidades Apóstolo Paulo, Apóstolo Pedro, Martin Luther, Rincão Del Rey, Rio Pardo e Pantano Grande, Claudério  Stumm; o presidente do Sínodo Centro-Campanha Sul, formado por 26 paróquias e 114 comunidades, Oscar Luiz Stumm; a vice-pastora Sinodal e Capelã do Hospital Ana Nery, pastora Rosangela  Hünemaier  e o pastor Sinodal, Décio  Weber.

Durante a sessão houve a apresentação do vocal masculino da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Venancio Aires; do grupo de jovens instrumentistas da Comunidade Apóstolo Paulo, de Santa Cruz do Sul; e do coral da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Vera Cruz.

A vereadora Nicole Weber, em seu pronunciamento, destacou que 200 anos da presença luterana no Brasil representam não apenas um marco temporal, mas uma narrativa rica e multifacetada que se entrelaça com a história do país. “Desde os primeiros passos dados por Georg Heinrich Gottlieb von Schäffer e seus companheiros missionários em 1824, até os dias atuais, a comunidade luterana tem deixado uma marca indelével na cultura, na religião e na sociedade brasileira”, observou.

Segundo ela, a chegada dos primeiros imigrantes alemães ao sul do Brasil trouxe consigo não apenas uma nova onda de colonização, mas também uma diversidade religiosa que contribuiu para a formação do tecido social do país. Entre esses colonos, estavam muitos luteranos que buscavam não apenas novas oportunidades econômicas, mas também a liberdade para praticar sua fé.

“A presença luterana no Brasil foi inicialmente marcada pela fundação de congregações e pela organização de serviços religiosos que refletiam a tradição luterana trazida da Europa. A formação de comunidades e a construção de igrejas foram pilares fundamentais para a consolidação dessa presença. À medida que a comunidade luterana crescia, surgiram também instituições educacionais e sociais que não apenas serviam às necessidades espirituais, mas também contribuíam para o desenvolvimento educacional e cultural das regiões onde se estabeleceram”.

No campo educacional, a influência luterana se fez notar com a criação de escolas que não só ensinavam conteúdos acadêmicos, mas também valores morais e éticos baseados nos princípios cristãos. A Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) e outras instituições de ensino foram estabelecidas com o objetivo de formar líderes não apenas no campo religioso, mas também nas diversas áreas do conhecimento humano.

Além do aspecto educacional, os luteranos também têm desempenhado um papel significativo no campo das missões e da assistência social. O trabalho missionário tem sido uma prioridade, tanto dentro do Brasil quanto em outros países da América Latina, contribuindo para a disseminação da fé luterana e para a promoção de valores como a solidariedade e a justiça social.

Ao longo dos anos, a igreja luterana no Brasil tem enfrentado desafios e mudanças, adaptando-se às transformações sociais e culturais do país. A diversidade dentro da comunidade luterana também cresceu, incluindo não apenas descendentes de imigrantes alemães, mas também brasileiros de diversas origens étnicas que se identificam com a fé luterana.

Nos tempos modernos, os luteranos no Brasil continuam a desempenhar um papel ativo na sociedade, envolvendo-se em questões contemporâneas como direitos humanos, justiça ambiental e inclusão social. Através de suas iniciativas educacionais, sociais e de missão, os luteranos não apenas preservam sua herança histórica, mas também buscam influenciar positivamente o futuro do país.

A presença da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, remonta aos primeiros anos da colonização alemã na região, no século XIX. Desde então, a comunidade luterana tem desempenhado um papel central na vida espiritual, cultural e social desta cidade conhecida por sua forte influência germânica.

Os primeiros imigrantes alemães que chegaram à região de Santa Cruz do Sul trouxeram consigo não apenas suas tradições culturais, mas também sua fé luterana. As primeiras congregações luteranas foram formadas para atender às necessidades espirituais dos colonos, estabelecendo uma base sólida para o crescimento da IECLB na cidade e na região ao redor.

Ao longo dos anos, a IECLB em Santa Cruz do Sul se expandiu e se diversificou, refletindo a própria diversidade da comunidade local. As igrejas luteranas não são apenas locais de culto, mas também centros de atividades comunitárias e educacionais. Além das atividades religiosas e educacionais, a IECLB em Santa Cruz do Sul tem desempenhado um papel significativo no desenvolvimento social da cidade.

Programas de assistência social, grupos de apoio comunitário e iniciativas de caridade são organizados pelas igrejas luteranas, demonstrando um compromisso prático com os princípios de justiça social e solidariedade. A presença da IECLB também se estende à esfera cultural de Santa Cruz do Sul. Corais, grupos de teatro e eventos comemorativos ligados à tradição luterana enriquecem o calendário cultural da cidade, mantendo viva a herança cultural dos colonizadores alemães.

Além do impacto local, a IECLB em Santa Cruz do Sul participa ativamente de iniciativas regionais e nacionais da igreja, contribuindo para projetos de missão, diálogo inter-religioso e questões sociais contemporâneas. A igreja também é um espaço de encontro e diálogo entre diferentes grupos étnicos e religiosos, promovendo a paz e a cooperação na comunidade.

Nos tempos modernos, a IECLB continua a se adaptar às mudanças sociais e culturais, mantendo sua relevância e compromisso com os princípios evangélicos e a missão de servir ao próximo. A presença da IECLB em Santa Cruz do Sul é, portanto, não apenas uma parte integrante da identidade religiosa da cidade, mas também uma força vital no fortalecimento da coesão comunitária e no desenvolvimento humano integral.

“Sendo assim, os 200 anos da presença luterana no Brasil não são apenas uma celebração do passado, mas também uma afirmação do compromisso contínuo da comunidade com os valores que fundamentam sua missão: fé, educação, serviço e justiça. Esta jornada histórica é um testemunho da capacidade dos luteranos de se adaptarem e prosperarem em um contexto diverso e desafiador, deixando um legado de contribuições significativas para o Brasil e para o mundo”, finalizou Nicole. Em nome dos luteranos, o pastor Sinodal, Décio Weber, agradeceu a homenagem e lembrou o legado da Igreja Luterana no município.