Encontro foi conduzido pelo governador Gabriel Souza (E), com participação da secretária Arita Bergmann (D) - Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG
As ações da Secretaria da Saúde (SES) para enfrentamento dos desastres meteorológicos no Rio Grande do Sul e apoio às pessoas afetadas foram assunto, nesta quarta-feira (17/7), na reunião da Câmara Temática da Saúde do Conselho do Plano Rio Grande. A agenda foi conduzida pelo vice-governador Gabriel Souza, coordenador do conselho, e contou com a participação da titular da SES, Arita Bergmann, no auditório do Centro Administrativo de Contingência, em Porto Alegre.
“O governo do Estado tem priorizado investimentos significativos na área da saúde, especialmente em resposta às enchentes. Um total de R$ 85,1 milhões foi destinado para enfrentar os desafios e garantir que os municípios impactados recebam o suporte necessário para o atendimento integral da população”, detalhou o vice-governador.
Desse valor, foram aplicados R$ 45,1 milhões em 246 hospitais (em infraestrutura e retaguarda), R$ 24,7 milhões na Atenção Primária (saúde mental e contratação de serviços) e R$ 15,3 milhões na aquisição de equipamentos, mobiliários e câmaras frias para armazenagem de vacinas e medicamentos termolábeis; e na realização de pequenas reformas necessárias à retomada dos serviços pelos respectivos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS), exceto hospitais.
Para auxiliar a rede de saúde pública, foram instalados 12 hospitais de campanha no RS, sendo que dois deles já foram desmobilizados (em Estrela e Eldorado do Sul). Além disso, uma parceria do governo do Estado com o Serviço Social da Indústria do Rio Grande do Sul (Sesi/RS), em termo de cooperação firmado no final de maio, permitiu, até o momento, a instalação de 59 tendas para atendimentos em locais onde as Unidades de Saúde foram atingidas, distribuídas em nove municípios. Outras 21 ainda devem ser instaladas, e estão também em funcionamento mais 14 unidades móveis de saúde do Sesi.
“Vamos começar a colher sugestões das entidades para construirmos, em conjunto, estratégias, programas e projetos que sejam resilientes para que possamos estar preparados. Passamos por desastres de grande magnitude, como as enchentes, as secas, a pandemia de covid-19 e o aumento dos casos de dengue. Precisamos trabalhar muito, e o papel dos municípios é de suma importância”, disse Arita.
O Plano Rio Grande atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.
Recursos
O repasse dos R$ 15,3 milhões para auxiliar os municípios a restabelecerem os serviços assistenciais, por meio da recuperação de equipamentos e mobiliários de estabelecimentos de saúde, varia conforme o porte populacional. O valor repassado vai de R$ 100 mil a R$ 400 mil por cidade.
Foram relatadas perdas de equipamentos de saúde em 69 municípios, e de mobiliário em 74. Por sua vez, 87 cidades reportaram danos em 298 imóveis, 15 deles com perdas totais.
Na área hospitalar foram contemplados 57 municípios com a abertura de 594 leitos, por meio de repasse de R$ 32 milhões do Ministério da Saúde para hospitais que recebem pacientes de regiões atingidas pelas cheias.
O governo federal anunciou a construção de 11,5 mil unidades habitacionais no Rio Grande do Sul, após milhares de pessoas perderem suas residências em virtude das enchentes históricas que atingiram o Estado em maio. A maior parte das moradias será na Região Metropolitana de Porto Alegre e no Vale do Taquari, respectivamente, locais muito atingidos pela força adas águas. O anúncio foi feito pelo próprio ministro das Cidades, Jader Filho, […]
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