Assassino confesso da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-policial Ronnie Lessa iniciou, na tarde desta terça-feira, 27, seu depoimento em audiência virtual no Supremo Tribunal Federal (STF). Logo na abertura, Saulo Carvalho, advogado de Lessa solicitou que todos outros réus deixassem a videoconferência e não assistissem à sessão, sendo representados apenas por suas defesas.
O juiz Airton Vieira, auxiliar do STF e que preside a audiência, acatou o pedido e perguntou ao assassino de Marielle Franco se ele diria também aos demais advogados que não se sentiria confortável em permanecer na presença deles. Lessa, que está preso desde 2019, respondeu:
“Havia um pacto de silêncio e gostaria que isso fosse respeitado. É tudo muito delicado. Não estamos lidando com pessoas comuns. São pessoas de alta periculosidade, assim como eu fui. São muito perigosos [os réus] mais do que se possa imaginar”.
Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018. Essa seria a primeira vez em que Lessa prestaria depoimento diante da presença, mesmo virtual, dos réus do processo no Supremo:
* Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE);
* Chiquinho Brazão, deputado federal;
* Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil do RJ;
* Ronald Paulo Alves Pereira, major da PM do RJ;
* Robson Calixto Fonseca, o Peixe, PM e assessor de Brazão no TCE.
Todos estão presos. Domingos, Chiquinho, Rivaldo e Peixe por envolvimento na morte de Marielle. O major Ronald já estava preso por envolvimento com a milícia de Rio das Pedras. Os irmãos Brazão e Rivaldo estão presos desde 24 de março. A expectativa do depoimento é que Ronnie Lessa reafirme pontos da sua delação premiada. Ele iniciou seu relato contando que conhece os irmãos Brazão há 20 anos.
O primeiro a questioná-lo na audiência foi o representante da Procuradoria Geral da República (PGR), o promotor Olavo Pezzotti. Em acordo de colaboração premiada, homologado pelo STF, Lessa apontou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do crime. Segundo Lessa, Rivaldo Barbosa sabia da execução da vereadora, o que garantiria impunidade na investigação.
Detido um ano após o crime pelo Ministério Público estadual do Rio e pela Polícia Civil, Lessa está em um presídio federal. Por quatro anos, manteve-se em silêncio e negou a participação no crime. Em 2023, após a entrada da Polícia Federal no caso, o motorista carro usado no crime, o ex-policial Élcio de Queiroz fez uma colaboração premiada em que confessou a participação da dupla no crime.
Depois, a mulher de Lessa, Elaine contou que, na noite em que Marielle foi morta, Lessa permaneceu toda a madrugada fora. Até então, ele dizia que havia passado aquela noite de 14 de março em casa. O seu aparelho celular permaneceu toda aquela noite desligado.
Outro ponto foi o acesso de Lessa a um site de pesquisas particular que atua oferecendo consulta a dados cadastrais da Serasa Experian, serviço criado para auxiliar comerciantes e financeiras na validação de dados de clientes. No site, Lessa fez pesquisas sobre Marielle e sobre sua filha, Luyara. Após o depoimento de Lessa será a vez do outro réu colaborador, Élcio de Queiroz, motorista do Cobalt. Após essa rodada, as defesas dos réus selecionarão testemunhas ou pedirão diligências ao STF.
Nesta segunda-feira, 26, o policial militar Robson Calixto Fonseca, o Peixe, foi internado no Hospital da Polícia Militar. Ele tem uma úlcera que está gerando feridas na perna direita. A internação é por tempo indeterminado.
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