Envelhecer com saúde e qualidade de vida. Para contribuir na conquista deste objetivo, o médico de família e comunidade, Eduardo Bernhard, falou durante pouco mais de uma hora para uma plateia formada por mais de 300 idosos participantes de grupos atendidos em projetos desenvolvidos pela sociedade civil e prefeitura. A atividade, uma realização do Serviço Social do Comércio (Sesc), em parceria com a Unimed, Unisc e Prefeitura de Santa Cruz do Sul, ocorreu na tarde desta quarta-feira, dia 9, no auditório central da Unisc, como parte da programação do Mês da Longevidade.
Em um tom informal e bem descontraído, Eduardo deixou de lado o “discurso técnico” e buscou descomplicar a “busca por uma vida saudável”, mostrando que cuidar da saúde pode ser bem mais simples do que parece. Segundo ele, todo o cabedal de conhecimento, que chega através das redes sociais, acaba muitas vezes mais por confundir o leigo, do que esclarecer. “Precisamos ter cuidado com a internet. Muita informação nos deixa atordoados, cuidar da saúde é simples e as vezes a gente complica”, alertou.
Bernhard propôs um olhar mais integrativo e não tão compartimentado da saúde. Mesmo com uma medicina cada vez mais especializada, ele disse que vale a pena fazer o esforço de compreender a saúde de uma forma mais integral e defendeu como fator decisivo para o bem-estar geral, o aspecto emocional. “Cuidem o pensamento negativo, não puxem para vocês as doenças. Se estamos bem, tudo flui. Quando a gente se estimula, dá risada, tudo melhora, mas se a pessoa está ansiosa, preocupada, só em casa, o organismo entende isso e não responde bem”, explicou.
A importância de se manter sempre em movimento foi a lição que a educadora física da Unimed, Tatiane Zinn, deixou aos participantes da palestra. “O exercício físico está no topo do cuidado com a saúde e qualidade de vida, ele é único e ninguém pode fazer por nós. Hoje não existe uma cápsula que a gente tome e que vá fazer o efeito do exercício físico”, disse. A educadora também falou dos riscos da automedicação e sobre a importância de se observar corretamente a administração de medicamentos prescritos.
Atividade física, sono reparador, boas relações sociais, alimentação balanceada, exames de rastreio e tratamento levado à risca quando necessário e orientado pelo médico, são a receita para se manter saudável, segundo Eduardo. Ele ensina que atitude é a palavra-chave e afirma que 90 por cento dos problemas de saúde não precisariam de remédio se as pessoas cultivassem bons hábitos de vida. “A saúde não está no exame e nem no remédio, mas no nosso comportamento”, disse.
Na agenda para o Mês da Longevidade constam ainda no dia 17, às 9h30, a Caminhada da Maturidade, a partir da Praça Getúlio Vargas; dia 22, a Feira Cultural dos Idosos, na Praça da Cultura, e no dia 30, audiência pública promovida pelo Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa, na Câmara de Vereadores.
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