Quando a bola rolou, o jogo só não começou 1 a 0 porque Varela estava muito, muito atento. O Flamengo começou a partida, a bola foi recuada e chegou em Léo Ortiz. O zagueiro errou o passe, Tabata interceptou e Borré pegou a sobra. Ele driblou o defensor e desviou do goleiro. Quando a bola chegava em cima da linha, aos 15 segundos, o lateral flamenguista se esticou para salvar.
A pressão do Inter, embalada pelo estádio, era avassaladora. Alan Patrick deu uma janelinha em Varela, que levou cartão por falta em Wesley e foi parado em escanteio. Na cobrança, a jogada se desenvolveu até Borré ajeitar para Wesley chutar por cima do travessão.
Nesse tiro de meta, Rossi surpreendeu a defesa colorada e lançou Bruno Henrique. No domínio, pareceu ter cometido falta, que o árbitro não marcou. O atacante avançou e chutou à esquerda da trave. O lance gerou ira nos atletas colorados e na torcida.
Aos 18, o Inter esteve novamente próximo de abrir o placar. Alan Patrick deu um giro de corpo no meio do campo e abriu o caminho. Ele achou Wesley na ponta esquerda. O drible sobre Varela deixou a bola na medida para o cruzamento. No segundo pau, Bruno Tabata fechou e cabeceou. O travessão salvou Rossi.
O jogo era eletrizante. Aos 33, o time visitante voltou a incomodar. Após cobrança de escanteio, a bola foi afastada parcialmente e Pulgar chutou de fora da área, para fora, com desvio. Aos 36, Rossi novamente lançou a bola às costas da defesa, Bruno Henrique ficou cara a cara com Rochet e errou o alvo. O lance, porém, foi anulado por impedimento.
Dois minutos depois, foi o Inter quem voltou a atacar. Tabata cruzou na segunda trave, Borré saltou, um pouco desequilibrado, e cabeceou para fora.
Aos 45, em novo ataque pela esquerda, o Flamengo avançou com Alcaraz e Gerson. No cruzamento, Thiago Maia tentou cortar, não alcançou com a perna e a bola bateu em seu braço. Pênalti. A execução de Alcaraz foi perfeita, forte, rasteira, no canto direito: 1 a 0 no último lance antes do intervalo.
Roger voltou com uma troca para o segundo tempo. Rogel, que já tinha amarelo, deu lugar a Clayton Sampaio.
No terceiro minuto, um lance polêmico. Wesley enfrentou Gerson na área e, na disputa, caiu alegando ter levado uma cotovelada. O árbitro não marcou e o VAR não entrou em ação. O ritmo do Inter era o mesmo do início da primeira etapa, de pressão na saída de bola, recuperação e ataque. Aos oito, Alan Patrick recebeu de Thiago Maia e rolou para Bernabei, que bateu na rede pelo lado de fora.
Aos 11, Borré recuperou a bola e passou a Alan Patrick. O capitão tabelou com Wesley, entrou na área, driblou Fabrício Bruno e bateu. Rossi salvou.
O técnico colorado fez mais duas trocas: saíram Bruno Tabata e Wesley e entraram Gabriel Carvalho e Wanderson. No Flamengo, a resposta de Filipe Luís foi colocar Michael na vaga de Plata.
O Inter seguia insistindo, mas o ritmo era menor. Precisava de um lance individual. Aos 26, ele veio. Bernabei foi à linha de fundo e cruzou. Varela cortou, mas a bola bateu em seu braço. O árbitro não marcou, o VAR não chamou. Ao mesmo tempo, Roger tirou Thiago Maia e colocou Valencia.
O Flamengo pôde matar o jogo aos 31. Em jogada com Gerson e Michael, a bola sobrou para Alcaraz na área. O meia flamenguista driblou Vitão e chutou para fora.
No minuto seguinte, foi o Inter quem quase empatou. Valencia passou para Bernabei na área, o lateral bateu cruzado, a bola foi desviada e não chegou em Borré porque bateu em Léo Ortiz, ficou pingando e não passou pela linha.
Bruno Henrique no lugar de Rômulo foi a última troca de Roger em busca do empate. Aos 43, Valencia recebeu de Wanderson, entrou na área e empatou. A coroação do time que se negou a perder.
Fonte: GZH