O diretor de Política Monetária do Banco Central e futuro presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, voltou a dizer que as eleições norte-americanas agregaram muita volatilidade aos mercados.
Galípolo recordou que, no começo deste ano, já havia a expectativa de um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos e que se chegou a precificar seis reduções em 2024.
“Mas aí, logo no primeiro trimestre, os dados econômicos saem e demonstram uma maior resiliência e maior dinamismo por parte da economia norte-americana, e a gente assiste a uma postergação desse início de cortes”, explicou, salientando que o Fed (o Banco Central dos EUA) passou a ficar mais dependente desses dados.
No segundo semestre, conforme o economista, parece que, de novo, iriam se reunindo as condições para o início do ciclo de corte, mas se aproximavam as eleições norte-americanas.
“Começa a existir certa sobreposição de uma expectativa do que seria esse início de corte, como é que isso poderia se comportar, o que seria uma taxa de juros terminal, qual seria o ritmo de corte, em que reunião se iniciaria, quais os possíveis desdobramentos pelo resultado da eleição”, afirmou.
De acordo com ele, trata-se de um quadro realmente mais desafiador do que se imaginava, por exemplo, no começo deste ano para países emergentes: “O cenário global demanda cautela, especialmente da autoridade monetária do Brasil”.
As declarações foram dadas nesta semana durante um evento em São Paulo. Indicado pelo presidente Lula, Galípolo comandará o Banco Central do Brasil entre 2025 e 2028.
Desde o início deste ano, 3.253 casos de coqueluche foram notificados no Brasil, o que torna 2024 o ano com mais ocorrências desde 2014, quando foram registrados 8.622 casos da doença. A coqueluche causou 13 mortes em 2024. Os dados são do painel epidemiológico do Ministério da Saúde. Os Estados do Paraná, com 1.224 casos, e de São Paulo, com 870, lideram o número de ocorrências da doença neste ano. […]