Secretaria de Obras recupera taipas às margens do Rio Pardinho no bairro Várzea

A Secretaria de Obras e Infraestrutura (Seoi) concluiu, nesta terça-feira, 26, a reconstrução de diversas taipas às margens do Rio Pardinho, no bairro Várzea. As obras tiveram início no dia 28 de outubro e foram conduzidas por servidores da SEOI. Foram 1.044,00 metros cúbicos de argila (ao custo de R$ 102.562,56) na reconstrução de cerca de 360 metros lineares de taipa. O serviço incluiu a reconstrução das estruturas e o reforço das que estavam parcialmente danificadas.

O trabalho abrangeu vários pontos da localidade próximos às ruas José Pedro Weiss, Irmão Emílio e Ernesto Wermuth, e também o entorno do campo de futebol, junto às ruas Evaldo Bender e João Kope.

Conforme o geólogo da secretaria, Edgar do Amaral Santos, as taipas, também chamadas de diques marginais, na borda do Rio Pardinho, são naturalmente áreas mais elevadas e que, enchente após enchente e de forma lenta, acabam se erguendo com o material trazido pelo curso d’água. O geólogo frisa que a função dessas estruturas, inclusive as naturais, é evitar que a água do rio extravase de seu canal. “Reforçando as estruturas naturais no entorno do canal e as construídas nas áreas alagadiças, reduz-se as inundações em episódios de enchentes ‘mais brandas’”, justifica.

Santos salienta que algumas dessas taipas já se encontravam naturalmente no ambiente. Parte delas foi reforçada e outras foram criadas quando houve a construção dos piscinões, durante o mandato de José Alberto Wenzel como prefeito (2005 a 2008). Entretanto, ele explica que as estruturas sofreram deteriorações naturais pela ação do tempo, uma vez que são feitas de argila, o que motivou a reconstrução. “Além disso, a enchente desse ano, em maio de 2024, erodiu fortemente essas estruturas devido ao grande volume de água e força da correnteza”, pontua.

A decisão sobre a recuperação das taipas foi antecedida por uma reunião entre representantes da Seoi, da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), o Ministério Público, a FEPAM e a PATRAM. Além disso, os pontos onde realizaram-se os reparos foram indicados por moradores à associação do bairro.