O piso salarial Profissional Nacional do magistério público da educação básica foi reajustado em 6,27% na última semana, mas não contemplou todos os trabalhadores em educação. Visando esta pauta, a Rádio Santa Cruz recebeu nesta segunda-feira, 24, a diretora do 18° Núcleo do Cpers, em Santa Cruz do Sul, professora Cira Kaufmann, com o intuito de destrinchar o assunto no Programa Conexão Regional, apresentado pelo jornalista Josemar Santos.
Na oportunidade, a professora Cira Kaufmann falou sobre os mais recentes embates com o Governo do Estado, principalmente se tratando do reinicio das aulas e também sobre o reajuste do piso salarial. “Tivemos um primeiro embate com o governo do estado, por volta dos dias 8 e 10 de fevereiro, quando solicitamos o atraso do reinicio das aulas por conta do calor intenso que está atingindo o estado do RS, porém, o governo foi insensível quanto ao assunto. Na semana seguinte, nós estivemos na sessão da Assembleia Legislativa, para analisar e aprovar a lei que concede o reajuste aos professores da rede estadual, onde novamente tentamos um dialogo com o governador para resolvermos os nossos problemas” afirma.
Cira Kaufmann também contesta o percentual anunciado. “O que foi aprovado na assembleia foi uma reposição de 6,27%. Esse valor é o valor instituído pelo Ministério da Educação para reposição do Piso Nacional. Aqui no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite não está cumprindo com essa lei, porque no Rio Grande do Sul o piso na verdade é teto, ou seja, é o total que os educadores ganham e não o básico”, complementa.
Quanto aos profissionais que ficaram de fora do reajuste, a professora citou as três categorias que não receberam o reajuste do piso salarial. “Existem muitos profissionais que ficaram de fora deste reajuste, são eles: funcionários de escola, professores aposentados que tem no seu contra-cheque a parcela de redutibilidade e todos os aposentados sem paridade. Isso, na nossa visão, é uma grande injustiça, pois apenas algumas categorias são beneficiadas”, citou.
Ela elencou três ações que serão levadas daqui a diante pelo Cpers neste ano de 2025 na busca por melhorias no âmbito educacional. “Nós temos alguns embates que iremos manter durante o ano, com destaque para três ações. Primeiro, a questão salarial, visando igualdade para os profissionais. Segundo, a situação do calor intenso, pois as escolas precisam de mais infraestrutura. E por último, questões pedagógicas, buscando diminuir a burocratização”, conclui.
Por: Jonathan Castro