“O objetivo é inibir tentativas de doutrinação”, explica autor do projeto “Escola sem Partido”

Segundo consta no documento, o projeto de lei visa assegurar que a educação seja livre de influências ideológicas ou partidárias, buscando, assim, a garantia de que o ensino seja conduzido de forma ética, imparcial e que respeite às diversas crenças e valores dos estudantes e de seus familiares. A proposta também busca proteger a educação de tentativas de doutrinação, assegurando que os estudantes recebam o conhecimento de maneira equilibrada e com pluralismo de ideias, respeitando sua formação moral e favorecendo a liberdade de pensamento.

Entre os principais pontos do projeto, está a garantia de neutralidade política e ideológica no ensino, assegurando o pluralismo de ideias e a liberdade de consciência e crença dos alunos. “O objetivo do projeto é inibir qualquer tipo de tentativa de doutrinação em escola. A escola é um local que tem que ser neutro, sem ter um político de estimação, por exemplo. O projeto surge com a tentativa de ter esse efeito na educação”, explica Abel Trindade.

Para o vereador, os professores, como educadores, têm o trabalho de ensinar e não de influenciar o modo de ser e de pensar dos estudantes. “Todos os alunos estão nas escolas para absorver tudo aquilo que o professor tem a ensiná-los. Porém, ele tem uma responsabilidade muito grande em mãos, não podendo influenciar na questão política e moral daquela família e do que aquelas pessoas acreditam”, revela. Segundo Abel, dentro de uma sala de aula existem entre 20 e 30 alunos, e cada um deles tem uma história de vida, uma maneira de pensar, questões religiosas e, além de tudo, um valor moral que carregam consigo mesmos. “Isso não pode e não deve ter a interferência de um educador, e o projeto ele é focado nisso, garantindo a liberdade de consciência das crianças que estão traçando sua caminhada, até porque elas, como crianças, não têm esse discernimento”, ressalta.

O vereador Abel Trindade  ainda salienta que o projeto, por óbvio, é uma iniciativa e que segue em debate e análise na Câmara de Vereadores de Santa Cruz. “Esse projeto foi protocolado na semana passada e foi apresentado nessa quinta-feira na Câmara de Vereadores para serem feitas as primeiras análises. Ele tem que tramitar em três reuniões no total, ou seja, faltam mais duas. Caso entre em votação, veremos o que vai ser feito na sequência, mas não surgiu da nada, e sim de demandas de muitos”, afirma.

Por: Jonathan Castro