Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), também conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes, seguem sendo alvo de debate em todo o país. Dentro desse cenário, na manhã desta quarta-feira, dia 19, o programa Conexão Regional, com Josemar Santos, recebeu o médico Pneumologista santa-cruzense, Carlos Eurico Pereira, para falar sobre o tema.
Inicialmente, o médico disse que o período pandêmico de covid-19 despertou a atenção das pessoas quanto aos principais cuidados que se precisa ter quanto a doenças respiratórias. “Fomos muito acionados durante a pandemia e, depois dela, as pessoas puderam notar o quão importante é o trabalho realizado pelos pneumatologistas. Lutamos muito para que as pessoas foquem nos problemas respiratórios, e é muito importante ter atenção, mas, sem dúvida, as pessoas se preocuparam bem mais durante a pandemia, porque ela deixou sequelas respiratórias”, reflete.
Sobre o uso de cigarros eletrôncios, o pneumatologista disse que isso é uma situação quee preocupa, principalmente pelo número excessivo de adolescentes que faz o uso dos vapes. Ele elencou os riscos para quem é adepto ao cigarro eletrônico. “Nós somos contra qualquer forma de fumar, todo o cigarro faz mal. Sobre os cigarros eletrônicos, no Brasil, ainda não há um regulamentação, as pessoas não sabem o que estão ingerindo, e isso é mais grave ainda. Na Europa, por outro lado, já temos outros tipos desse cigarro, que possuem apenas 10% dos malefícios de um cigarro comum, tornando-se uma alternativa para quem fuma o tradicional, pois faz menos mal, mas não deixa de ser nocivo à saúde e ao sistema respiratório”, esclarece.
Além disso, o médico pneumologista revela o caráter negativo do uso dos vapes, uma vez que podem representar a porta de entrada para o uso de outros produtos. “Como geralmente é usado por jovens, muitas vezes o cigarro eletrônico se torna a porta de entrada para o cigarro tradicional ou até mesmo para outros tipos de substância. Então, todo o cuidado é pouco”, enfatiza.
Por: Henrique Bauer