Projetos foram divididos em quatro eixos temáticos, cujo foco são a resiliência e gestão de desastres, gestão de recursos hídricos, infraestrutura e recuperação de solos; proposta será apresentada ao governo do Estado
O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e o Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo estabeleceram um conjunto de 19 metas para o trabalho de adaptação e resiliência às mudanças climáticas da região. As propostas estão divididas em quatro grupos de trabalho por eixos temáticos, cujos objetivos estão centrados na adaptação e resiliência, cuidado dos recursos hídricos e solos e a estrutura das cidades. O Projeto Agenda Ambiental Cisvale 2030, lançado em outubro do ano passado, é parte integrante da proposta de trabalho que será apresentada na próxima quarta-feira, 21, ao vice-governador Gabriel Souza, em agenda em Santa Cruz do Sul.
Conforme a presidente do Cisvale, Sandra Backes, os grupos de trabalho foram formado por membros da Câmara Setorial do Meio Ambiente do consórcio e entidades regionais. Atuam junto no Comitê Pró-Clima a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); o Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede-VRP), o Comitê Pardo, a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e o de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea – RS). A partir da formação, foram estabelecidos quatro grupos de trabalho, divididos em eixos temáticos, conforme a área principal de atuação, para nortear o trabalho no Vale do Rio Pardo. “Entendendo as nossas necessidades e as adversidades que vivemos durante as enchentes do mês de maio, conseguimos estruturar as ações conforme esta organização que prioriza as áreas de maior necessidade. Temos que criar uma cultura de resiliência e adaptação ao clima, com estratégias de gestão para desastres naturais”, destaca a presidente.
Dentro do grupo de tarefas do eixo resiliência, o projeto pioneiro de educação ambiental do consórcio, a Agenda Ambiental Cisvale 2030, lançada em outubro do ano passado, deverá contemplar o tema eventos extremos, passado por uma atualização. “É fundamental seguirmos com este importante projeto com o objetivo ajustado à nossa realidade recente. Falar e entender sobre o meio ambiente nunca foi tão importante”, argumenta.
Sandra explica que o segundo ponto diz respeito à gestão de recursos hídricos e a revitalização de ecossistemas da região. Infraestrutura e projetos de urbanização sustentáveis são o terceiro eixo e a recuperação de solos o quarto pilar de trabalho (veja lista completa abaixo). “Nossa região tem na produção primária e na agricultura uma das suas maiores forças econômicas. A recuperação e solos agrícolas e a implementação da sustentabilidade no meio rural são medidas que também precisam estar alinhadas com estas propostas”, pontua a presidente Sandra.
Segundo a diretora executiva do Cisvale Léa Vargas, na próxima quarta-feira, 21, quando o Comitê Gestor do Plano Rio Grande estará em Santa Cruz do Sul, em uma agenda com o vice-governador do estado Gabriel Souza, a criação do Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo e a estruturação do trabalho, com as 19 metas elencadas, serão entregues oficialmente ao governo. As entidades que compõe o comitê que farão a entrega do ofício ao vice-governador. “Será solicitada a inclusão definitiva do Vale do Rio Pardo no Plano Rio Grande, assim como a instalação de uma central regional do plano para nossa região”, complementa Léa.
União regional pró-clima
Para o presidente do Conselho Regional do Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo, Heitor Petry, a criação do Comitê Pró-Clima reside é a representação material da capacidade da região em fazer conexões para o benefício comum. “Com isso, conseguiremos entender melhor a real situação da nossa região, para que juntos, possamos criar ações para mitigar e prevenir futuros eventos climáticos adversos”, destaca ao dizer que esta característica agregadora está no cerne dos princípios do Corede. “Integrar todos os segmentos para que juntos possamos olhar para o meio ambiente e compreendê-lo, cada vez melhor. Isso nos leva a participar desta iniciativa.”
O coordenador Centro Socioambiental da Unisc, Paulo Theisen explica que, a partir do Plano Rio Grande, a região tem como objetivo a construção de projetos e propostas, considerando a realidade do Vale do Rio Pardo. “Queremos apresentar um conjunto de propostas específicas e personalizadas da região, para junto aos governos do Estado e a União, buscar recursos para atender estas demandas municipais, regionais e que fazem a interação de um município com o outro, explorando o conceito da importância de se considerar a bacia hidrográfica como um todo”, reforça. Theisen destaca ainda a necessidade de instalação de um Centro Regional Integrado para monitoramento de desastres naturais, “para em conjunto defender os interesses e necessidades da nossa região como um todo.”
Eixos temáticos e metas do Comitê Pró-Clima VRP
Eixo 1 – Resiliência Climática e Gestão de Desastres
– Diagnósticos dos riscos e vulnerabilidades;
– Revisão dos Planos Diretores Municipais;
– Plano de Contingência e Resposta à Desastres;
– Engajamento da comunidade e comunicação eficaz para resiliência à desastres;
– Capacitação e preparo dos agentes da Defesa Civil;
– Centro Regional integrado de alerta e monitoramento de desastres;
– Educação ambiental com foco em eventos extremos – atualização da Agenda Ambiental Cisvale 2030.
Eixo 2 – Gestão de Recursos Hídricos e Revitalização de Ecossistemas
– Gestão Integrada de Recursos Hídricos;
– Sistema de alerta precoce e monitoramento hidroclimático;
– Estudo hídrico e revitalização de arroios e rios;
– Projeto de monitoramento e ampliação da qualidade da água e biodiversidade da bacia hidrográfica do Vale do Rio Pardo;
– Expansão do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais;
– Estudo de clusters no Vale do Rio Pardo (sugestão: Sinimbu).
Eixo 3 – Infraestrutura e Urbanização Sustentável
– Plano de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica;
– Sistema de Atenuação de Eventos Extremos (foco nas cheias e secas);
– Levantamento Topográfico das Áreas Vulneráveis do Vale do Rio Pardo;
– Requalificação urbana e infraestrutura verde.
Eixo 4 – Recuperação de Solos Agricultáveis e Agricultura Sustentável
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