A Corsan está investindo R$ 22 milhões em obras que vão ampliar de 25% para 41% o índice de imóveis com coleta e tratamento de esgoto em Santa Cruz do Sul. A expansão das redes coletoras, iniciadas em março, vão beneficiar em torno de 25 mil pessoas. A conclusão é estimada para agosto de 2025.
A obra está em andamento nos bairros Avenida, Universitário e Santuário. Seguirá ainda pelo Centro e os bairros Santo Inácio, Country, Santa Vitória e Jardim Europa. Já estão implantados cerca de 12,5 mil metros de tubulação dos 68 mil metros previstos e serão instalados 7.342 ramais, para permitir a interligação das residências e estabelecimentos à rede coletora. Também estão sendo construídos, no bairro Avenida, um sistema de bombeamento para levar os resíduos domésticos para a estação de tratamento e um emissário, que é a tubulação que vai transportar o esgoto tratado até o destino final.
“A ampliação do sistema de esgotamento sanitário em Santa Cruz do Sul trará mais saúde e qualidade de vida para a população, além da preservação do meio ambiente”, destaca o gestor de relações institucionais da Corsan na Regional Centro, João Corim.
Visitas aos moradores
Os moradores dos bairros onde estão sendo construídas as novas redes estão recebendo a visita das equipes de trabalho técnico e social da Corsan, para serem informados sobre os procedimentos que deverão adotar depois da obra concluída e de receberem a notificação para início das interligações. Os profissionais usam crachás e coletes azuis, com os dizeres “A serviço da Corsan”, e explicam também as vantagens do esgotamento sanitário para a saúde pública, preservação do meio ambiente e valorização dos imóveis.
Depois de receber a notificação, o morador tem até 120 dias para fazer a conexão às caixas de calçadas e informar à Corsan. A partir daí, quanto mais cedo isso é feito, maiores são o tempo para começar a cobrança mensal da taxa de coleta e tratamento de esgoto e o desconto no valor referente ao início de funcionamento do serviço.
Quem faz o comunicado em até 30 dias depois de ser notificado tem 180 dias para iniciar o pagamento da tarifa de esgoto e 75% de desconto na taxa de início do serviço. Se o comunicado é feito entre 31 e 60 dias, o pagamento começa a ser feito em 90 dias depois e o abatimento na taxa inicial é de 50%.
Para quem faz a comunicação entre 61 e 120 dias, a cobrança começa em 30 dias e o desconto para início do serviço é de 20%.
Depois do prazo de carência de 120 dias, é iniciada a cobrança mensal da taxa de esgoto, no índice equivalente a 70% do valor do consumo de água apontado na conta. Quem não faz a interligação dentro de 120 dias depois do recebimento da notificação pela Corsan passa a pagar uma taxa por disponibilidade da rede, que corresponde ao dobro do que seria cobrado no caso de o morador usar o serviço.
Tanto o índice de 70% sobre o consumo de água quanto a taxa pela disponibilidade da rede, caso o morador não faça a interligação, são determinações feitas pela Agergs – a autarquia estadual que estabelece e fiscaliza as normas de saneamento básico no Rio Grande do Sul. O valor cobrado pela disponibilidade da rede que não é usada não vai para a Corsan, e sim para um fundo da Agergs.
Universalização e saúde
Todos os projetos da Corsan – tanto para abastecimento de água como para coleta e tratamento de esgoto – estão direcionados à universalização do saneamento básico previsto pelo Marco Legal do Saneamento, estabelecido por lei federal.
Até 2033, 99% da população deverá ter acesso à água potável e 90%, à coleta e ao tratamento de esgoto. Para alcançar esta meta nos 317 municípios que atende no Rio Grande do Sul, a Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano até lá.
De acordo com o Instituto Trata Brasil – formado por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico -, são jogadas na natureza, a cada dia, o equivalente a 552 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento. E segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, é possível economizar R$ 4,00 em saúde, uma vez que diminuem as internações hospitalares por doenças causadas pelo contato com o esgoto não tratado, como leptospirose, diarreia, hepatite A, verminoses e micoses de pele.