A comitiva gaúcha em missão oficial à Ásia visitou, na manhã desta segunda-feira (25), a Daxing International Hydrogen Demonstration Zone, um centro de pesquisa e desenvolvimento de soluções à base de hidrogênio com foco em energia sustentável.
A usina, fundada em 2020 nos arredores de Pequim, possui 360 mil metros quadrados de extensão e tem concentrado atenções no desenvolvimento de diferentes usos para o hidrogênio verde. O principal foco está no combustível limpo para caminhões, ônibus, carros de passeio, motos, bicicletas e até mesmo utensílios domésticos. A meta é que, até 2050, o H2V represente 10% do volume total de combustível utilizado no país.
“Esta visita foi muito importante para que conheçamos de perto todas as possibilidades de uso desta energia renovável. O Rio Grande do Sul se posiciona de forma estratégica, com um olhar bastante atento a este mercado. É fundamental estarmos aqui verificando como toda esta nova e pulsante economia verde pode se encaixar nos nossos propósitos de desenvolvimento”, destacou o presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito.
A secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, reforçou que o RS possui um estudo de viabilidade econômica para a produção de hidrogênio verde, realizado em 2022, que aponta dez cidades gaúchas com potencial de produção a um custo de US$ 2 a US$ 3 por quilo. Ela também afirmou que o levantamento leva em conta o potencial de energia renovável no território gaúcho e que o Estado busca parceiros para o desenvolvimento da cadeia de produção e consumo de H2V.
Segundo Li Rong, diretora-adjunta do Beijing Daxing Investment Promotion Service, a China possui diversas empresas qualificadas no setor e confirmou que há interesse chinês em prospectar negócios no exterior nesta área.
Após fazer um tour pela parte interna da usina, a comitiva gaúcha conheceu um dos cerca de 400 centros de abastecimento de H2V já existentes no país, com produção média diária de 4,8 toneladas de hidrogênio verde. A previsão dos chineses é chegar a 12 mil estações em todo o país até 2050, com possibilidade de abastecimento de até 3 milhões de veículos.
Conforme a porta-voz da zona de demonstração, Siwen Liang, a utilização do hidrogênio verde no país ainda está em uma fase inicial, como ocorreu com os carros elétricos alguns anos atrás. “Esperamos que, em três ou quatro anos, avancemos bastante. A infraestrutura ainda não é tão completa. Por isso, no momento, usamos mais para caminhões e ônibus”, disse. Embora a zona de demonstração de hidrogênio de Daxing tenha apresentado quatro formas distintas de produzir hidrogênio, o foco é o modelo que utiliza como fonte principal o uso das energias eólica e solar. “O RS tem importantes políticas para o desenvolvimento de projetos em eólica inshore e offshore, o que atesta que estamos muito bem situados neste mercado, com possibilidades de atrair investimentos”, resumiu Brito.
A visita em Daxing também contou com a participação dos secretários Clair Kuhn (Agricultura), Caio Tomazeli (Comunicação) e Ronaldo Santini (Turismo), do presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, do presidente do Badesul, Cláudio Gastal, do coordenador da Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, e dos deputados Vilmar Zanchin, Airton Artus, Issur Koch e Dr. Thiago Duarte.
As projeções constam no Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central O mercado financeiro reduziu de 4,64% para 4,63% a estimativa de inflação neste ano no Brasil, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo BC (Banco Central). Em 2024, a meta central de inflação definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) é de 3% e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5%. Portanto, […]