O maior evento climático da história do Rio Grande do Sul, com cheias causadas por um enorme volume de chuvas que devastaram cidades e comunidades, trouxe muitos prejuízos aos produtores rurais do Estado, perdas humanas e econômicas, além de desafios para manter o abastecimento da população gaúcha. Enquanto realiza o levantamento das perdas no setor agropecuário, a Emater/RS-Ascar está fazendo ações de apoio à recuperação das famílias no campo para que elas tenham alimentos e os hortigranjeiros possam continuar chegando a todos que necessitam também nas cidades.
O gerente técnico estadual adjunto da Emater/RS-Ascar, Luís Bohn, orienta os agricultores que se dedicam ao cultivo de frutas e verduras a permanecerem integrados aos conselhos e entidades municipais e regionais para colaborar no levantamento das perdas que a Emater/RS-Ascar está realizando em todo o RS.
Além disso, é por meio destas entidades que estão sendo articuladas estratégias para a viabilização do escoamento de produção, e repassadas orientações a respeito de crédito e de outras necessidades que os afetados por esta calamidade tenham. “É muito importante toda essa articulação local e regional nesses aspectos e a gente pede total colaboração das pessoas para que possamos auxiliá-los no acesso a políticas e outros benefícios que contribuam para a vida no meio rural e a manutenção das atividades produtivas”, evidencia Bohn.
O gerente técnico adjunto sublinha a importância de manter a produção e buscar a melhor forma de fazer o escoamento dos produtos até as regiões que agora estão necessitando. “Nós sabemos que há regiões que tiveram bastante perda na produção local, assim, vai ser difícil, dependerá da produção de outras regiões do Estado chegarem e abastecerem essas regiões, as metrópoles e cidades. Então, nesse sentido a gente pede a colaboração, a integração das organizações cooperativas, dos grupos de produtores para o escoamento de produção daqueles locais menos afetados”, sugere Luís.
O retorno das operações da Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) marca um importante passo em direção à garantia do abastecimento alimentar a todo o Estado. Desde quarta-feira (08/05), a Ceasa/RS está operando de maneira provisória no Centro de Distribuição das Farmácias São João, localizado no quilômetro 80 da Freeway, em Gravataí. A operação acontece de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. “Para este local os produtores podem trazer sua produção para que chegue ao varejo, aos atacados, o que contribui muito com a possibilidade de abastecimento das regiões. Isso é muito importante, porque não se trata apenas de um negócio, mas da necessidade de chegar alimento às famílias que agora estão precisando, às regiões que estão necessitadas. Então, pedimos que os agricultores estejam atentos às nossas informações, que articulem com seus grupos, com seus pares, seus vizinhos a informação de pontos de venda, seja via Ceasa, feiras, até mesmo por atacados, que chegue a produção de vocês, reduzindo assim as perdas e amenizando as tantas adversidades que ainda estamos enfrentando”, conclui Bohn.
Durante o período de 29/04 a 05/05, as condições climáticas foram altamente desfavoráveis para as atividades agropecuárias no Rio Grande do Sul. O excesso de precipitação interrompeu os processos de colheita e causou inundações em vastas extensões de áreas cultiváveis. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (09/05) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os danos mais significativos foram registrados em soja, arroz e […]
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