Emater/RS-Ascar incentiva autonomia e independência de mulheres rurais

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Nesta terça-feira, 15, é celebrado o Dia Internacional das Mulheres Rurais e a Emater/RS-Ascar trabalha junto às mulheres rurais para atingirem seu potencial máximo e sua autonomia e independência. Há décadas elas mostram como seu trabalho, dedicação e força contribuem para a agricultura familiar no Estado.

A coordenadora estadual do trabalho com Mulheres e Jovens Rurais da Emater/RS-Ascar, Clarice Vaz Emmel Bock, comenta o histórico da Instituição no trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) com as mulheres do campo. “A partir dos anos 1980, com a busca por direitos, as mulheres também buscaram no nosso trabalho ser reconhecidas e que a gente tivesse um outro olhar para elas, trazendo informações sobre diferentes atividades. E, com isso, ao longo dos anos, a gente foi conhecendo cada vez mais essas mulheres e trazendo outros temas para serem trabalhados”, diz Clarice.

A coordenadora também explica que, uma das principais demandas das mulheres rurais é sua participação na política e que suas oportunidades de trabalho não sejam somente por cotas, e que elas possam exercer suas funções sem dependerem das cotas – que hoje em dia 30% delas são destinadas às mulheres. Com auxilio da Emater/RS-Ascar, atualmente há mulheres que participam de questões politicas, e não precisam mais limitar seu potencial.

Clarice falou ainda sobre diferentes pontos que começaram a surgir nos últimos anos, como a necessidade de tratar sobre a violência contra a mulher. “Nós começamos a trazer temas que, até algum tempo atrás, era meio difícil de tratar, que eram as questões de violência contra as mulheres. E isso foi tratado na pesquisa realizada em 2022: elas gostariam de ter um espaço para poder trazer essas angústias e também saber como auxiliar quem precisasse. Então, começamos a tratar mais desses assuntos para que a gente pudesse auxiliar as mulheres”.

Atualmente, a Emater/RS-Ascar oferece cursos específicos para mulheres, que inspiram o desenvolvimento e autoconhecimento das trabalhadoras rurais. “A primeira coisa que nós fazemos no curso é convidar elas a se olharem, se reconhecerem quanto mulheres e quanto agricultoras e trabalhadoras, para perceberem o papel importante que elas têm na vida das suas famílias e reconhecerem-se importantes”, finaliza Clarice.