O Rio Grande do Sul poderá ter, em breve, quatro “cidades provisórias” para acolher vítimas das enchentes que atingem o Estado desde o final de abril. A informação é do vice-governador Gabriel Souza, que mencionou um estudo em andamento para instalar agrupamentos em partes de Porto Alegre, Canoas, Guaíba e São Leopoldo, que concentram os maiores contingentes de desabrigados pela catástrofe.
“Estamos à procura de locais para instalação emergencial de estruturas provisórias, com um mínimo de dignidade”, declarou em entrevista à Rádio Gaúcha nessa quinta-feira (16), sem detalhar prazos. Caso se concretize, a medida teria vigência durante o período em que as vítimas da tragédia ainda não tenham condições de voltar para casa ou encontrar uma nova residência.
Ainda segundo ele, em pelo menos três municípios já foram identificados áreas com potencial aproveitamento para tal finalidade. O plano prevê espaços para crianças e animais de estimação, lavanderia coletiva, cozinha comunitária, dormitórios e banheiros, além de segurança e demais serviços em parceria com as respectivas prefeituras e outras instituições.
“Até está sexta-feira, deveremos ter um descritivo das infraestruturas necessárias”, acrescentou o número dois do Executivo gaúcho. “É mais rápido contratar um serviço de montagem”, frisou. Souza comparou essas futuras áreas provisórias a uma espécie de centro de eventos com qualificação para albergagem.
– Porto Alegre: Porto Seco (bairro Rubem Berta, Zona Norte).
– Canoas (Região Metropolitana): Centro Olímpico Municipal.
– São Leopoldo (Vale do Sinos): Parque de Eventos.
– Guaíba (Região Carbonífera): área ainda não definida.
Articulação institucional
A viabilização de moradias para os flagelados já havia sido tema de reunião, no dia anterior, entre o vice-governador e representantes do Ministério Público Estadual e Federal. Na ocasião, ele destacou: “Há um número flutuante de abrigados, que tem girado em torno de 80 mil. Desses, cerca de 65% estão concentrados nas quatro cidades.”
De acordo com balanço estatístico atualizado na noite dessa quinta-feira pela Defesa Civil Estadual, mais de 617 mil gaúchos continuam fora de casa. O contingente inclui quase 77,2 mil acolhidos em abrigos públicos nas mais variadas cidades.
Aproximadamente 76,6 mil indivíduos foram resgatados (além de 11,9 mil animais, com predomínio bichos de estimação como cães e gatos). Ao todo, estima-se que cerca de 2,28 milhões de pessoas foram afetados de alguma forma pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
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