O prefeito Sérgio Moraes instituiu um grupo de trabalho para buscar soluções que reduzam as longas filas de espera por consultas e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Cruz do Sul. A primeira reunião dos integrantes ocorreu na manhã de quarta-feira (22), no Salão Nobre do Palacinho, com representantes da Secretaria Municipal da Saúde, Ministério Público, Hospital Santa Cruz, Hospital Ana Nery e 13ª Coordenadoria Regional de Saúde. Técnicos da Secretaria Estadual de Saúde participaram de forma remota.
A iniciativa foi motivada por uma reunião entre o prefeito e a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, no último dia 14. Em ambas as ocasiões, Moraes destacou as dificuldades enfrentadas pelos pacientes e a necessidade de uma solução urgente, principalmente para as cirurgias de média e alta complexidade. “Precisamos agir estrategicamente para identificar os casos mais graves e garantir atendimento rápido às pessoas que mais necessitam”, destacou.
Atualmente, a regulação dos procedimentos é feita pelo governo estadual, levando em consideração critérios de urgência, demanda e estrutura disponível. O grupo de trabalho formado em Santa Cruz do Sul tem a missão de quantificar o número de pacientes na fila, levantar custos e avaliar a capacidade de atendimento dos prestadores de serviço. Com essas informações, será elaborado um plano de ação para reduzir o tempo de espera e melhorar o atendimento aos santa-cruzenses.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Rabuske, as maiores filas são para procedimentos de traumatologia e cirurgia geral. “Essa regulação é feita pelo Governo do Estado, mas queremos atuar para garantir um atendimento mais ágil à nossa comunidade”, explicou. Ele ressaltou que Santa Cruz do Sul destina 33% de seu orçamento para a saúde – mais que o dobro do mínimo legal de 15%; por isso, busca-se equilibrar esse investimento com um atendimento mais humanizado e eficiente.
“Nosso município atende frequentemente pacientes de outras cidades da região, o que reduz a capacidade de investimento na nossa própria população. Por isso, buscamos um aporte maior do Estado para equilibrar esse cenário”, acrescentou Rabuske. O secretário também informou que os hospitais locais já estão avaliando sua capacidade de atendimento e que a Secretaria da Saúde está levantando os custos viáveis para este mutirão de atendimentos.
A condução do projeto é complexa, conforme o secretário, visto que é preciso respeitar aspectos legais, que incluem aval da Comissão Intergestores Regionais (CIR) e da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) – instituições superiores que regulamentam a saúde pública -, além de atender ao Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (Teto MAC), que define um teto em termos de repasse de recursos federais.
De forma presencial, estiveram na reunião, além do prefeito e do secretário de Saúde, a promotora da 1° Promotoria de Justiça Cível de Santa Cruz do Sul, Catiuce Ribas Barin, o diretor do Hospital Ana Nery, Gilberto Gobbi, o responsável técnico do Hospital Santa Cruz, Marcelo Carneiro, o assessor executivo do Hospital Santa Cruz, Márcio Bartz, a médica auditora da Secretaria de Saúde, Renice Vaccari, a enfermeira auditora da Secretaria de Saúde, Cristine Burin, e o assessor de Planejamento e Gestão da Secretaria de Saúde, Yago Krüger.
Virtualmente, participaram a diretora do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria Estadual de Saúde, Lisiane Wasem Fagundes, a diretora da Regulação do Estado do Rio Grande do Sul, Suelen Arduin, entre outros profissionais vinculados ao Governo do Estado, além da coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Inocencia Reis.
As reuniões do grupo ocorrerão periodicamente, e o próximo encontro já está agendado para o dia 6 de fevereiro.
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