Não houve pedido de internação da jovem, de 15 anos, que atacou familiares com óleo quente, em Imbé. Ela chegou a ser apreendida por tentativa de homicídio após os fatos, na terça-feira, mas a medida foi revogada após decisão da Justiça. Agora, a adolescente está na casa de uma avó, em Osório.
A ordem decorre do relato da jovem na delegacia. Ela disse ser alvo de agressões do padrasto. O homem é um apenado que estava em saída temporária do sistema prisional, a “saidinha”. Ele sofreu queimaduras de óleo e foi esfaqueado pela enteada, sendo transferido ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) em Porto Alegre.
Além do depoimento, o Poder Judiciário também levou em conta a condição mental da jovem. Ela já passou por tratamento psiquiátrico, além de tomar medicação controlada para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), entre outros.
O entendimento é que a jovem foi vítima, e não que ela agiu de forma criminosa, muito menos que teve um “ataque de fúria”. Por isso, até o momento, ainda não foi solicitada a internação dela.
Relembre o caso
O fato ocorreu na noite de terça-feira, na rua Mário Quintana, no bairro Nova Nordeste, em Imbé. Segundo a Brigada Militar, a adolescente esquentou óleo de cozinha e arremessou contra a mãe, atingindo também uma irmã, de 4 anos, e o padrasto. Ela ainda teria golpeado o homem com uma faca, causando nele perfurações no tórax e abdômen, além de um corte no olho.
A jovem fugiu do local, mas acabou sendo encontrada por uma guarnição no quilômetro 6 da RS 786. Ela recebeu atendimento médico para queimaduras no braço direito e foi encaminhada para a Delegacia de Pronto Atendimento, onde foi lavrada sua apreensão em flagrante por tentativa de homicídio doloso.
O padrasto, a mãe e a irmã da adolescente foram encaminhados ao Hospital de Tramandaí. A criança teve queimaduras no pescoço e nos braços, mas não corre risco de morte. Já a mulher teve 90% do corpo queimado e precisou ser entubada. Ela seguia internada em estado grave até a última atualização. O homem foi transferido ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), em Porto Alegre.
Fonte: Correio do Povo