Em sua terceira visita ao Rio Grande do Sul desde o início das enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na tarde dessa quarta-feira (15) na cidade de São Leopoldo. A agenda prevê como destaque o anúncio de novas medidas para recuperação do Estado, durante pronunciamento no auditório da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos) a partir das 13h.
O Palácio do Planalto ainda não detalhou o horário e local de desembarque, outras cidades no roteiro, tempo de permanência ou outros aspectos logísticos. A viagem será realizada após um início de semana marcado por reuniões em Brasília com integrantes de sua equipe e representantes dos Poderes Legislativos e Judiciário, a fim de alinhar informações sobre a tragédia gaúcha.
Nessa terça-feira (14), ele recebeu os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, bem como o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. Acompanharam o encontro os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação).
O governo federal deslocou para o Rio Grande do Sul nas últimas duas semanas uma ampla força-tarefa com a participação de mais de 25 mil profissionais das mais diferentes áreas. A logística inclui agentes de resgate e especialistas em restabelecimento de serviços e infraestruturas danificadas. Também foi montada uma logística para levar mais de 2 mil toneladas de donativos pelos Correios e Força Aérea Brasileira (FAB).
Medidas até agora
Já no âmbito da recuperação econômica, Lula fez três anúncios de recursos de grande porte – o pacote consta em projeto de lei complementar recém-encaminhado ao Congresso Nacional. Confira, a seguir, um resumo dos montantes e suas respectivas destinações.
– Mais de R$ 50 bilhões em antecipações de pagamento de programas sociais como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, prioridade aos gaúchos na restituição do Imposto de Renda, novos aportes do seguro-desemprego e linhas especiais de crédito para setores produtivos.
– Medida Provisória destinando R$ 12,5 bilhões para abertura de linhas de crédito e manutenção dos trabalhos federais no Estado, bem como de medidas de apoio à aquisição de alimentos, parcelas extras de seguro-desemprego, serviços de saúde primária, especializada e vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais, além da importação de 100 mil toneladas de arroz para evitar desabastecimento do cereal.
– Suspensão, por três anos, da dívida do Rio Grande do Sul com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo de reconstrução do Estado. Por fim, foram perdoados R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida.
Trabalhadores de outros 14 municípios estão elegíveis para receber o saque calamidade, conforme informação da Caixa Econômica Federal da noite desta terça-feira (14). Seis outras cidades já haviam sido anunciadas pelo banco nesta manhã. A liberação acontece devido à enchente que assola o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por pessoa vinculada, limitado ao saldo da conta. Para garantir […]
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