O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou a desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo. Ele afirmou também que não vai mexer na política de valorização do mínimo.
“A palavra salário mínimo é o mínimo do mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que eu vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou para o céu, eu ficaria no purgatório”, disse o petista em entrevista na quarta-feira, 26.
“Preciso garantir que todas as pessoas tenham condições de viver dignamente. Por isso, nós temos que tentar repartir o pão de cada dia em igualdade de condições. Você acha que eu quero que empresário dê prejuízo? Eu não sou doido! Porque, se ele der prejuízo, eu vou perder meu emprego. Eu quero que o empresário tenha lucro, mas eu quero que ele tenha a cabeça, como teve o Henry Ford, quando disse: ‘Eu quero que meus trabalhadores ganhem bem para eles poderem comprar os produtos que eles fabricam’. Se essa filosofia predominasse na cabeça de todo mundo, este País estava maravilhoso”, acrescentou Lula. Henry Ford (1863-1947) é o fundador da fabricante de veículos norte-americana Ford.
Em audiência pública no Congresso Nacional neste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o governo está revisando os gastos e que a discussão está sendo feita apenas internamente. A equipe econômica estuda a possibilidade de “modernizar” as vinculações de benefícios trabalhistas e previdenciários, não relacionados à aposentadoria, como o BPC (benefício de prestação continuada), o abono salarial e o seguro-desemprego.
Na quarta-feira, 26, Lula também afirmou que a política de valorização do salário mínimo será mantida enquanto ele for presidente da República. A política prevê reajuste anual com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais a variação positiva do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Caso o PIB não tenha crescimento real, o valor a ser reajustado leva em conta apenas o INPC.
“Você tem sempre que colocar a reposição inflacionária para manter o poder aquisitivo, e nós damos uma média do crescimento do PIB dos últimos dois anos. O crescimento do PIB é exatamente para isso. O crescimento do PIB é para você distribuir entre os 213 milhões de brasileiros, e eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, afirmou Lula.
O prazo para os municípios com decreto de calamidade homologado pelo Estado participarem da nova etapa do programa A Casa É Sua – Calamidade termina na sexta-feira (28/6). As inscrições devem ser feitas pela plataforma da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), na qual está disponibilizado o formulário. Link para os municípios se inscreverem O titular da Sehab, Carlos Gomes, alerta as prefeituras dos municípios atingidos pelas enchentes: “Não percam […]
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