O Mercado Público de Porto Alegre reabriu parcialmente nesta sexta-feira (14), às 10h. O local estava há 41 dias fechado, desde o início da enchente na capital gaúcha, em 3 de maio. Apenas os 16 restaurantes do 2º piso do local receberão inicialmente os clientes, que não terão acesso aos corredores internos, que serão bloqueados.
O mercado de Porto Alegre é o mais antigo do Brasil. Além de ser o principal centro de abastecimento de alimentos da cidade, o prédio é um ponto turístico, sobretudo pela atividade gastronômica. Localizado no Centro Histórico da cidade, o local oferece opções de alimentos in natura (carnes, peixes, frutos do mar, frutas) nas bancas, além de pratos e lanches em restaurantes e bares.
De acordo com a prefeitura de Porto Alegre, antes da reabertura os estabelecimentos foram inspecionados na quinta-feira (13) pela Vigilância Sanitária municipal. A coordenadora da Unidade de Vigilância Sanitária do município, Denise Garcia, disse que os permissionários dos restaurantes, empresários que têm licença para funcionar no mercado, também receberam orientações sobre saúde do consumidor.
“A equipe de vigilância de alimentos deu orientação para os nossos permissionários do 2º andar, no sentido de orientá-los e para saberem o quanto é importante essa atividade do Mercado Público e sua importância para cidade”, afirmou.
Em nota, o secretário municipal de Administração e Patrimônio de Porto Alegre, André Barbosa, afirmou que o Mercado Público cria mais de 1.500 empregos diretos e indiretos. “Estamos devolvendo aos frequentadores o coração da cidade”, disse.
Claudiomiro Adams é um dos mais de 100 permissionários de lojas e bancas do mercado público mais antigo do Brasil. O bar e o restaurante de Claudiomiro tiveram autorização para reabrir.
“A gente sempre procura fazer o certo e vamos abrir com muita energia, com dedicação, com regulamentação –que é coisa muito importante– e muita garra para atender os clientes de forma adequada”, afirmou.
O horário de funcionamento dos restaurantes será reduzido para até 15h. Já as lojas com acesso direto para a rua poderão operar das 8h às 19h, com entrada somente pela avenida Borges de Medeiros. Não será mais permitida carga e descarga na mesma avenida, no entorno do mercado, desde esta sexta. As vagas passarão a ser de estacionamento rotativo, destinado aos frequentadores do espaço. Os caminhões poderão usar a área já destinada ao abastecimento dos lojistas na Júlio de Castilhos, das 6h às 19h.
As lojas internas do andar térreo poderão funcionar a partir da próxima terça-feira (18), entre as 7h30 e as 19h, mesmo que estejam em obras. Conforme acordo firmado entre a prefeitura e a Associação dos Permissionários do Mercado Público, o pagamento da mensalidade seguirá suspenso, independentemente da abertura das lojas.
No fim de maio, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre fez a lavagem das áreas interna e externa do Mercado Público, depois da cheia. Os serviços de limpeza das superfícies incluíram a remoção do lodo por meio de jatos (hidrojateamento) e auxílio de caminhão-pipa. O custo de toda a operação de limpeza e desinfecção do prédio foi estimado em R$ 284 mil pela prefeitura.
O prolongado veranico teve nesta sexta-feira, 14, o seu último dia com calor intenso e atípico para junho, com 32,4ºC na estação do Instituto Nacional de Meteorologia em Porto Alegre, no Jardim Botânico. A marca ficou 12,1ºC acima da média máxima histórica de junho na Capital e é recorde de máxima para junho desde o começo das medições em 1910, superando os 31,6ºC de 8 de junho de 2006. O […]
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