Daniel Schroeder percebeu que os mapas ultrapassam a utilização para localização e exploração de locais ainda não conhecidos para usuários convencionais
Dentro da programação da V Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), ocorre no dia 31 de outubro, às 19h15, a apresentação de nove trabalhos desenvolvidos por estudantes dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu. A atividade integra a V Mostra da Pós-Graduação Stricto Sensu, que tem como objetivo divulgar os Programas de Mestrado e Doutorado da Instituição, por meio da apresentação de um trabalho indicado por cada programa.
Um dos estudos escolhidos tem como título “Geografia e Educação: as representações cartográficas do espaço enquanto estratégias geobiopolíticas” elaborado pelo mestre do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Educação (PPGEdu) pela Unisc, Daniel Felipe Schroeder, com orientação do professor Camilo Darsie. “A adoração pelos mapas e cartografia parte da minha adolescência, pois vivenciei inúmeras transformações impulsionadas pelo aprimoramento dos meios de comunicação e dos equipamentos digitais utilizados para a produção de artefatos cartográficos. Ao longo da graduação, sempre mantive o apreço pela área da cartografia, desenvolvia atividades e trabalhos, onde produzia mapas que pudessem agregar valor às informações e os resultados descritos. A motivação para aprofundar meus estudos nessa área foi constantemente incentivada pelo professor Camilo Darsie, meu então professor, que mais tarde se tornou meu orientador no mestrado. Ele me encorajou a dominar softwares avançados de cartografia para criar mapas mais sofisticados.”
Em 2020, durante a pandemia da Covid-19, Daniel foi convidado pelo professor Camilo para produzir mapas em uma pesquisa, intitulada “Estudo de Soroprevalência de SARS-CoV-2 na Região do Vale do Rio Pardo”, onde se verificou a prevalência do coronavírus na região do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). “Os mapas que produzi passaram a integrar matérias jornalísticas, compor artigos acadêmicos publicados em revistas nacionais e internacionais e, ainda, foram fundamentais para o controle das infecções na região, pois eram usados pelas equipes da pesquisa e da gestão regional no estabelecimento das decisões sanitárias durante os piores momentos da crise.”
A partir dessa experiência, Daniel percebeu que os mapas ultrapassam a simples utilização para localização e exploração de locais ainda não conhecidos para usuários convencionais, mas serviam como ferramentas para a produção de estratégias de políticas públicas, saúde, gestão de crises e, se articulavam, especialmente, com o campo da Educação. “Visando uma construção de conhecimento, bases conceituais e teóricas, ingressei no mestrado na linha de pesquisa Educação, Cultura e Produção de Sujeitos, onde também passei a integrar o grupo de pesquisas “Políticas Públicas, Inclusão e Produção de Sujeitos”, tive contato com novos autores e novas propostas teóricas e metodológicas que me possibilitaram tensionar ainda mais a área da cartografia. Deste modo, busquei evidenciar a necessidade de inverter um olhar próprio e que muitas pessoas ainda possuem sobre os mapas, um olhar de neutralidade. Transitei entre o campo da Geografia (minha formação inicial), e o campo da Educação, a fim de compreender os mapas, como formas de representação do espaço, são constituídos e operados para a produção de estratégias biopolíticas, produzem e disseminam conhecimento, gerem a conduta e educam os seus usuários. Quis assim, colocar em tensionamento, meu conhecimento prático da produção de mapas, com os estudos teóricos do campo da Cartografia, Geografia e Educação.”
No trabalho, realizou uma pesquisa bibliográfica, fundamentada nos conceitos desenvolvidos pelo filósofo francês Michel Foucault, adotando uma visão pós-estruturalista. “A partir disso, (re)analisei e (re)pensei conceitos tidos como verdadeiros, centrais e absolutos. Assim, desenvolvi uma construção histórica dos mapas que foram utilizados como ferramentas para moldar as percepções espaciais de determinadas sociedades em um dado período e, como estes recursos ainda são utilizados em mapas mais atuais e digitais que são publicizados e moldam as percepções humanas e educam as populações acerca das dinâmicas espaciais.”
Sobre a pesquisa que foi desenvolvida, já foram publicados alguns materiais como capítulos de livros e artigos em periódicos. “Destaco que há poucas pesquisas no país que tensionam a cartografia da forma que abordei na minha dissertação. Este é um campo de estudos que é mais explorado no exterior. Deste modo, surgem oportunidades para aprofundar determinadas temáticas que desenvolvi na minha dissertação.”
Inscrições abertas
Os Programas de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado da Unisc estão com inscrições abertas, incluindo o Mestrado e Doutorado em Educação. Os interessados podem realizar a inscrição até o dia 18 de novembro, em unisc.br/mestradoedoutorado.
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