A cidade de São Luiz Gonzaga, na região noroeste de Estado, foi atingida por um forte temporal por volta das 22h deste sábado. O fenômeno foi classificado pela Sala de Situação do Estado como uma microexplosão, decorrente de uma intensa instabilidade associada a uma frente fria estacionária, juntamente com o fluxo de umidade do norte do país.
Segundo o prefeito Sidney Brondani, ao menos 1,2 mil casas sofreram as consequências do vento, granizo e da chuva, o que totaliza em torno de 12 mil pessoas. Já o coordenador regional da Defesa Civil, Cristiano Machado, esclarece que aproximadamente 15 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelo temporal, com ventos de 70km/h.
Segundo a Defesa Civil do Estado, a microexplosão trata-se de um fenômeno que pode ocorrer quando existem tempestades intensas com muitas descargas elétricas, granizo e muita água na sua base. O órgão reportou que uma pessoa se feriu enquanto tentava colocar lonas na sua residência. Conforme a Defesa Civil, ainda não foram divulgadas atualizações de sua condição atual.
Quando a nuvem não suporta mais a quantidade de água, ela “despeja” toda essa quantidade significativa de chuva em direção ao solo, fazendo com que ocorra muita precipitação em pouco tempo, geralmente sendo acompanhada de rajadas de vento que podem chegar a 150 km por hora. Para o prefeito, foi um verdadeiro filme de horror, com características de ciclone, por cerca de três minutos.
Os bairros Jauri, Agrícola, Cohab, Mário, Centenário, área industrial, Auxiliadora, Presidente Vargas, Centro, Leste e Monsenhor Wolski são os locais mais atingidos. Postos de combustíveis, de saúde, escolas e empresas sofreram danos. A Copatrigo teve toda a sua estrutura principal prejudicada. Não há registro de desabrigados, mas 400 pessoas estão na casa de parentes ou vizinhos.
“Imediatamente, durante a madrugada, atendemos as famílias. Agora (11h) chove torrencialmente na cidade”, relata o prefeito. Além de funcionários da prefeitura, grupos de voluntários, Brigada Militar e Defesa Civil trabalharam no auxílio as pessoas.
Há dezenas de árvores e postes caídos. “Também trabalhamos na desobstrução de ruas, e agora o trânsito está liberado em todo o município”, afirma o prefeito.
A RGE trabalha para o restabelecimento da energia elétrica, e a Corsan da água. Um gerador deve chegar no início da tarde para o fornecimento de água ser retomado na cidade. “A energia elétrica acredito que ainda vá demorar. De alguma forma, todos os mais de 34,7 mil habitantes da cidade foram impactados”, admite o prefeito.
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