Números do Rio Grande do Sul ainda estão sendo contabilizados
Aberto desde o dia 1º de janeiro, o alistamento militar feminino já conta com a adesão de mais de 7 mil mulheres em todo o Brasil. O Ministério da Defesa está disponibilizando 1.465 vagas no Rio Grande do Sul e em outros 12 estados. O processo receberá inscrições até 30 de junho.
De caráter voluntário e inédito, uma vez que antes as Forças Armadas permitiam apenas o ingresso de mulheres com formação de nível superior, o alistamento busca ampliar a presença feminina. Atualmente são 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. O Ministério da Defesa pretende aumentar progressivamente este percentual nos próximos anos.
“Esta era a última fronteira que havia para o ingresso das mulheres nas Forças Armadas. É uma decisão governamental deste ano, e nós estamos nos adequando para recebê-las”, afirmou o tenente-coronel Wilmar Forquim Júnior, encarregado do serviço militar inicial no RS.
Conforme Forquim Júnior, já existe a infraestrutura necessária e novos alojamentos serão construídos para receber as mulheres recrutadas.
“Estas jovens receberão a formação militar, alojamento, alimentação fardamento e um salário mínimo durante o período de engajamento, que é de um ano. Elas ainda terão cursos técnicos profissionalizantes, pois nos preocupamos em formar não apenas soldados, mas também cidadãos”, completou.
Neste primeiro alistamento, serão aceitas candidatas que completam 18 anos em 2025. No RS, podem se alistas moradoras de Porto Alegre, de Canoas e de Santa Maria nascidas, portanto, em 2007. As selecionadas serão incorporadas no 1º ou 2º semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto), ocupando a graduação de soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha, e terão os mesmos direitos e deveres dos homens.
O número de mulheres que já realizaram o alistamento no Rio Grande do Sul ainda estão sendo contabilizado.
Como funciona:
O serviço militar terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. As interessadas poderão escolher entre Marinha, Exército e Aeronáutica, lembrando que serão levadas em consideração a disponibilidade de vagas, aptidão da candidata e a especificidade exigida por cada uma das Forças Armadas.
O processo de recrutamento será realizado em etapas: alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. A seleção inclui entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos.
As candidatas podem se alistar de forma online (https://alistamento.eb.mil.br/alistamento) ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar em um dos municípios contemplados: Águas Lindas de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Formosa (GO), Fortaleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus (AM), Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo (SP) e Valparaíso de Goiás (GO).
As mulheres nas Forças Armadas
Atualmente, as mulheres atuam principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.
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