Foto: Gilberto Silveira é morador do bairro Várzea há mais de 35 anos. Crédito: Kássia Machado / Rádio Santa Cruz
A sexta-feira, 3, iniciou com muito trabalho para os moradores do bairro Várzea, o mais atingido de Santa Cruz do Sul , devido às fortes chuvas que acometeram o Rio Grande do Sul.
Logo pela manhã o morador da rua Irmão Emílio, Gilberto Silveira, de 58 anos, já estava
no bairro calculando as perdas da sua residência e sua serralheria, que fica no mesmo pátio.
Gilberto é morador do bairro Várzea há mais de 35 anos e já perdeu as contas de quantas enchentes precisou passar, no entanto, para ele essa foi a maior. “Nunca vi algo assim. Essa foi a pior de todas, em 2010 deu para recuperar algo. O cenário é de guerra, não tenho palavras para descrever esse sentimento”, relata.
O morador do bairro Várzea, Gilberto Silveira, conta que ele e sua família precisaram ser retirados de barco, no dia 30 de abril, por volta das 16 horas. “A água já estava no corrimão da nossa casa, não tinha como sair”, detalha.
Com um olhar ainda perplexo, presenciando pela primeira vez o pouco que a enchente permitiu ficar, Gilberto pretende deixar o bairro Várzea. “A gente trabalha, isso tudo é fruto do nosso esforço. É triste chegar aqui e ver que não restou nada. É difícil voltar, a qualquer momento pode vir outra enchente e levar tudo de novo”, completa.
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