A Organização das Nações Unidas (ONU) enviou ao Rio Grande do Sul 208 casas montáveis usadas por refugiados no Brasil para abrigar atingidos pelas enchentes que assolam o Estado.
Os temporais e cheias que atingem o RS desde 29 de abril mataram 163 pessoas, deixando 72 desaparecidas, 806 feridas e 647,4 mil fora de casa.
Oito casas já chegaram, de acordo com o vice-governador do estado, Gabriel Souza. Os aviões de transporte pousaram em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Eles partiram de Boa Vista, em Roraima, onde moradias do mesmo tipo já foram usadas.
“Uma especialista em montagem, vinda de Roraima, está chegando a Canoas nos próximos dias e, em um primeiro momento, agendaremos com os engenheiros da Secretaria de Obras um rápido treinamento para montagem. Deste modo, assim que as demais chegarem, definiremos, de acordo com as necessidades e as características, a destinação”, disse em nota o vice-governador.
Até que a destinação seja acertada, elas vão ficar armazenadas em um depósito do Banrisul. Conforme a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), das 200 casas que estão por chegar, cem estão na Colômbia. Elas devem partir do país vizinho nesta sexta-feira (24) e chegar na segunda-feira (27). As outras cem estão no Panamá e o embarque com destino ao RS está previsto para a semana que vem, com chegada no final de semana.
As casas montáveis têm 17,5 m² (2,83 metros de altura, 5,68 de comprimento e 3,32 de largura) e pesam 140 quilos. Contam com porta, quatro janelas, outros quatro espaços de ventilação e sistema simples de iluminação.
As paredes são feitas de espuma poliolefina, um material isolante rígido à prova d’água e com propriedades que protegem do sol e do calor. O teto é feito do mesmo material. Paredes e teto se encaixam, sendo sustentadas por uma estrutura em aço que é fixada ao chão por ganchos que funcionam como âncoras. O tempo de montagem previsto é de quatro a cinco horas. A estrutura suporta vento de até 101 km/h e chuva leve. Os abrigos podem atender à sua finalidade com qualidade por até cinco anos.
Fonte: GZH
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