“Os músicos e quem faz a festa acontecer precisam ser valorizados”, enfatiza o novo presidente da Abansc, Marcel Knak

Foto: Diego Dettenborn

A Rádio Santa Cruz recebeu na manhã desta sexta-feira, 29, o músico e empresário Marcel knak. O encontro serviu para explanar os passos a serem dados por ele, que também é vereador em Santa Cruz do Sul, e agora está à frente da Associação de Bandas de Santa Cruz do Sul (Abansc). Knak assumiu a diretora ainda no último dia 14, em assembleia realizada na Câmara de Vereadores.

Estreitar laços entre os músicos locais, potencializando, assim, a força da categoria no que diz respeito à valorização e remuneração recebida. É dessa forma que Marcel Knak encara o novo desafio. Representar a voz, buscando espaço de fala e uma construção mais sólida, sobretudo na carreira e na forma de trabalho dos artistas santa-cruzenses. “Sou um dos poucos que consegue viver e trabalhar exclusivamente com música, isso é um privilégio. Mas a gente sabe que essa não é a realidade da maioria. É muito difícil viver de música. Temos um grande desafio, pois existem diversas coisas que não concordamos e vamos trabalhar para mudar e melhorar isso, sempre com diálogo, mas lutando pela valorização dos músicos”, ressalta.

Marcel, ainda enquanto vereador na época pelo extinto PTB, em seu espaço na tribuna da Câmara de Vereadores, fez duras críticas à forma com que os músicos locais eram tratados pela organização da Oktoberfest. “Os músicos e quem faz a festa acontecer precisam ser valorizados. O que agente percebe é que muitas das pessoas que ficam responsáveis pelas bandas em alguns setores da Oktoberfest, por exemplo,  não entendem nada sobre música. Até brinco que são Incompetentes com a iniciativa. Nós não podemos ficar na mão desse tipo de profissional. Por exemplo, no Pavilhão Central, a parte técnica ficou ao lado do palco e não em frente a ele, no meio do público como deve ser. Já nos shows nacionais a parte técnica estava exatamente como deve ser localizada na parte central do público. Assim fica difícil o trabalho dos nossos músicos, sem falar na questão dos valores a serem pagos, geralmente muito abaixo do aceitável”, explica.

Marcel finalizou ressaltando o interesse em representar a classe com trabalho sério, buscando novas possibilidades e a construção de um novo momento. “A Associação está de portas abertas, não é um grupo meu e de nenhum outro integrante. Ela serve para aqueles que sabem o valor de um músico na sociedade atual e o quanto essa profissão deve ser respeitada e valorizada. Pretendemos construir junto com a Assemp, também com Prefeitura e com o setor privado esse novo momento para todos nós”, conclui.

Por: Diego Dettenborn