Os pais de menina encontrada morta em um contêiner de lixo na cidade de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foram indiciados pela polícia civil nesta segunda-feira (9), data em que o caso completa exatamente um mês.
Kerollyn Souza Ferreira, de 9 anos, foi encontrada sem vida em um container de lixo no último dia 9 de agosto. A mãe, que morava com a criança, responderá por maus-tratos com resultado de morte e violência psicológica. A mulher deixou o sistema prisional na última sexta-feira (6) e deverá cumprir medidas cautelares.
A juíza Andreia da Silveira Machado, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Guaíba, defendeu que a prisão temporária da suspeita, que tinha validade até este domingo (8), não é mais necessária para o decorrer das investigações. Embora haja perícias pendentes relacionadas ao caso, a magistrada entende que a investigada não poderá interferir nos trabalhos policiais.
“A prorrogação da prisão temporária somente ocorrerá em caso de extrema e comprovada necessidade, dependendo de indicação das diligências investigativas supervenientes que se mostrem necessárias, cuja realização evidencie a imperiosa necessidade da prisão, o que não foi referenciado pela autoridade policial na presente representação-prorrogação”, argumentou a juíza.
O pai de kerollyn, que mora em Santa Catarina, será investigado por violência psicológica e abandono material. A filha chegou a morar com o homem nos primeiros meses de vida e aos sete anos, mas a criança voltou para a casa da mãe. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se acusa ou não os pais na Justiça.
O corpo da menina foi localizado por um homem que trabalha com materiais para reciclagem, que acionou a Brigada Militar. Segundo apurado pelas autoridades, a criança já sofria episódios de violência e era constantemente negligenciada pela mãe, com quem convivia. A causa da morte da vítima segue sendo investigada e ainda não está esclarecida.
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