A prisão de Deise Moura dos Anjos:
Deise é casada com Diego Silva dos Anjos, filho de Zeli, e morava em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela está presa temporariamente desde 5 de janeiro.
Deise é suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ela está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres.
Exumação do corpo de Paulo:
Após suspeitas, a polícia solicitou a exumação do corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise. Paulo faleceu em setembro de 2024, sob suspeita de uma infecção intestinal, após consumir bananas e leite em pó levados à casa dele por Deise.
A perícia do IGP confirmou que ele foi envenenado com arsênio, e os níveis encontrados no corpo eram letais, caracterizando envenenamento por ingestão oral.
Compra do arsênio pela internet:
A polícia confirmou que Deise comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses. Uma das compras ocorreu antes da morte do sogro (que faleceu por envenenamento) e as outras três, antes da morte de três pessoas que consumiram o bolo envenenado, em dezembro. O veneno teria sido recebido pelos Correios. O documento estava salvo no celular da suspeita, apreendido durante a investigação.
“A gente não tem dúvida de que se trata de uma pessoa que praticava homicídios e tentativas de homicídios em série, e que, durante muito tempo, não foi descoberta, e, durante muito tempo, tentou apagar provas que pudessem levar à atribuição de culpa a ela”, afirmou a delegada regional do Litoral Norte do RS, Sabrina Deffente.
Contaminação da farinha:
A investigação aponta que a farinha do bolo pode ter sido contaminada quase um mês antes do episódio fatal. De acordo com o delegado Marcos Vinícius Veloso, Deise esteve em Arroio do Sal no dia 20 de novembro, o que pode ter sido o momento em que o veneno foi adicionado à farinha usada no bolo consumido em Torres.
“As informações que nós temos no inquérito policial são de que a investigada esteve na cidade de Arroio do Sal, na última vez, no dia 20 de novembro. E, pelas informações que já foram coletadas do inquérito, nesta data, a Polícia Civil acredita que possa ter ocorrido o envenenamento da farinha que foi utilizada no bolo que foi consumido na cidade de Torres”, afirmou o delegado.