O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou dados preocupantes sobre as queimadas no Brasil. De 1º de janeiro a 26 de agosto de 2024, foram registrados 109.943 focos de incêndio em todo o País, um aumento de 78% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 61.720 casos.
A análise por biomas revela um cenário alarmante, com a Amazônia sendo o mais afetado. O maior bioma do País concentra quase metade dos focos de queimadas, representando 47% do total. Em seguida, aparecem o Cerrado, com 32%; a Mata Atlântica, com 10%; o Pantanal, com 8%; e a Caatinga com 3%. O Pampa, no Sul do País, registrou apenas 0,3% dos casos.
O estudo do Inpe também apresenta um recorte por Estados, destacando as regiões mais críticas. O Mato Grosso lidera o ranking, com 21.694 ocorrências, seguido pelo Pará, com quase 15 mil casos. Vale ressaltar que o governo paraense declarou emergência ambiental na terça-feira, 27, proibindo o uso de fogo para limpeza de terrenos e pastagens.
O Amazonas aparece em terceiro lugar, com aproximadamente 13 mil focos de incêndio. Mato Grosso do Sul e Tocantins completam a lista dos cinco Estados mais afetados, com cerca de 9.600 e 7.300 casos, respectivamente.
O aumento significativo das queimadas em 2024 levanta preocupações sobre o impacto ambiental e a eficácia das políticas de preservação. Especialistas alertam para a necessidade de medidas urgentes para conter o avanço dos incêndios e proteger os ecossistemas brasileiros, especialmente a Amazônia, que desempenha um papel crucial no equilíbrio climático global.
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