De janeiro a junho, o Rio Grande do Sul registrou um saldo positivo de 38,7 mil empregos com carteira assinada. O número resulta da diferença entre 784.391 contratações e 745.649 demissões. Os dados constam no Cadastro Geral do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com atualização divulgada nessa terça-feira (30).
Já o mês de junho foi marcado pela perda de 8.569 postos formais no Estado, único com desempenho negativo no País nesse aspecto. Foram 108.299 admissões em contraste a 116.868 desligamentos, fato atribuído aos impactos econômicos das enchentes de maio.
Para o secretário estadual de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, apesar do resultado negativo no sexto mês, os números indicam o início de uma retomada econômica no Rio Grande do Sul após a pior tragédia de sua história:
“É importante ressaltar que ainda temos um acumulado positivo no número de empregos formais em 2024. E, em comparação com os dados de maio, houve uma queda 61% menor. A expectativa é que esse cenário continue melhorando com a atuação conjunta dos governos estadual e federal e dos bancos públicos. Esperamos que o saldo de julho já possa ser positivo”.
O setor da construção civil apresentou saldo positivo de vagas de trabalho com carteira assinada, com 546 postos criados. Já os serviços, agropecuária, comércio e indústria demitiram mais do que contrataram, com saldo negativo de 451 – resultado das respectivas diferenças de 2.154, 2.529 e 3.981 postos entre demissões e contratações.
Brasil
Em âmbito nacional, o saldo foi positivo de 1,3 milhão de empregos, o saldo positivo entre admissões e demissões. O resultado representa alta de 26,2 % na comparação com os primeiros seis meses de 2023, quando foram abertas 1,03 milhão de vagas formais.
Em junho, foram gerados 201.705 empregos, crescimento de 28,31% , em relação ao saldo registrado no mesmo período de 2023, que foi de 157.198 postos. É um número acima das previsões do mercado, cuja mediana das expectativas apontava a criação de 160 mil vagas, de acordo com uma pesquisa do jornal Valor Econômico.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirma que a meta é fechar 2024 com balanço de 2 milhões de empregos. Ele disse, contudo, esperar que “eventos” como juros elevados não atrapalhem o mercado de trabalho.
“Estamos olhando, acompanhando e torcendo para eventos não atrapalhem o desempenho do mercado de trabalho. A gente espera que os colegas do Banco Central, de fato, tenham um olhar para o que está acontecendo na economia, no mercado de trabalho, na indústria, para o mundo real e possam retomar à redução dos juros”, afirmou o ministro.
A Selic, taxa de juros básica da economia, está em 10,5% ao ano e deve ser mantida neste patamar pelo BC na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira (31).
No primeiro semestre de 2024, os empregos formais foram puxados pelo setor de serviços, que apresentou saldo positivo de 716.909, crescimento de 55,14% do saldo total. A indústria também apresentou saldo positivo de 242.314 no ano, com destaque para a produção de álcool (11.747) e fabricação de embalagens de material plástico (7.786). A construção civil ficou em terceiro lugar com 180.779 postos, seguida pela agropecuária, com saldo positivo de 73.809.
O nível do emprego formal cresceu em todas as regiões no primeiro semestre deste ano, sendo que os Estados com que mais contrataram foram São Paulo (379.242), Minas Gerais (162.139), e Paraná (109.913).
O governo federal vai aplicar mais de R$ 6,5 bilhões em 42 municípios do Rio Grande do Sul com o intuito de reduzir os riscos de alagamentos, enchentes e inundações por meio de obras de drenagem urbana sustentável e manejo de águas pluviais. Desse total, R$ 2 bilhões serão destinados à recuperação ou readequação de equipamentos de proteção, como bombas de escoamento. O anúncio foi feito nessa terça-feira (30) pela […]
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