Na manha desta quarta-feira, 12, o programa Conexão Regional, com Josemar Santos, recebeu o professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), João Pedro Schmidt. Ele é autor do livro “Mudanças climáticas”: por que o mais grave problema da humanidade não se tornou o problema político n°1?
Schmidt destacou que é de suma importância discutir o tema das mudanças climáticas e seus impactos. “Precisamos discutir as mudanças climáticas. Nós deveríamos tratar essa questão como tratamos com a Covid-19, e é ainda mais grave . Infelizmente, vão se tornar mais frequentes, tempestades de maiores proporções, enchentes, incêndios florestas e já estamos vendo essa mudança”, avalia.
Para o professor, que foi candidato a prefeito de Santa Cruz do Sul no ano passado, o aquecimento global, por exemplo, foi deixado de lado pelos políticos quando foram divulgados os primeiros alertas à humanidade.” Os alertas sobre o aquecimento global, já nos anos 80, foram totalmente ignorados, não houve uma preocupação com as gerações futuras”, comenta.
Ele ainda disse que somente uma ação conjunta pode mudar o futuro do planeta. “Precisamos debater esse tema nas escolas, nas universidades e no dia a dia. O nosso maior vilão hoje são os combustíveis fósseis, precisamos de uma ação conjunta, andarmos mais de ônibus, evitarmos o máximo o carro. Além disso, pensarmos em outros modos de energia, parar com o desmatamento e principalmente, forcarmos no reflorestamento, mas isso precisa ser coordenado , por isso a política se torna importante”, enfatiza.
Schmidt ainda fez um comentário a cerca da tragédia climática que assolou o Rio Grande do Sul. ” O meu livro acabou sendo lançado em julho, pouco depois da enchente, acabou sendo uma coincidência, tivemos nossa maior catástrofe em meio lançamento, vimos esse impacto de perto. Mesmo depois do que passamos, não vemos as prefeituras da região debatendo o tema, só vemos o debate a cerca da Defesa Civil, o que é importante, mas existem outras questões. Uma tragédia, como a que ocorreu no Rio Grande do Sul, pode não acontecer em todos os anos, mas será mais frequente.
Foto: Henrique Bauer/Rádio Santa Cruz
Por: Henrique Bauer
