Carlos Wolfart, catarinense que morreu após ser arrastado por uma correnteza durante o desastre climático que atinge o Rio Grande do Sul, deixou dois filhos e a esposa. Descrito pela irmã como uma pai parceiro e amigo de todos, o homem tinha 41 anos e foi sepultado nesta sexta-feira (10).
“Ele foi muito família, muito dos filhos. Ele era uma pessoa, assim, que tu podia contar para tudo. Tanto em família quanto em sociedade, em comunidade. Sempre que ele podia fazer, ele fazia, não media esforço para nada. Ele, como pai, era maravilhoso. Levava para cá e para lá, jogava bola, e andava de bicicleta, ele sempre foi um pai muito presente, muito atencioso, carinhoso”, disse Milena Wolfart.
Nas redes sociais, a viúva Solange Wolfart se despediu do companheiro. ‘Descansa em paz meu amor, sem palavras para tamanha dor”, escreveu Solange Wolfart em uma rede social.
A família morava em Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, onde o homem nasceu. Carlos trabalhava em uma empresa do setor de alimentos da região e tinha mais três irmãos.
Wolfart estava em Sinimbu (RS) para ser padrinho do casamento do cunhado, que aconteceria em 30 de abril, quando desapareceu. O corpo dele foi localizado na quarta-feira (8). Os bombeiros encontraram o corpo durante buscas na região.
O catarinense ficou ilhado após sair do sítio onde estava, com a esposa e os dois filhos, para verificar se havia passagem na região atingida pela chuva. Ele, porém se deparou com água no caminho. A vítima chegou a se abrigar em uma árvore, enquanto esperava o resgate, e mandou um áudio para a esposa em meio ao alagamento.
O cunhado da vítima chegou a conseguir o apoio de alguns amigos com motos aquáticas para chegar até a vítima, mas o salvamento não foi possível. A esposa e os filhos da vítima ficaram ilhados no sítio onde estavam e precisaram ser resgatados de helicóptero.
Os estragos causados pelas enchentes que afetam o Rio Grande do Sul e devastaram as rodovias gaúchas deverão custar quase R$ 230 milhões. Os valores incluem apenas a recuperação das pontes, viadutos, passarelas e túneis, as chamadas "obras especiais". O relatório preliminar foi elaborado pelo Daer (Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem) e dimensiona o tamanho do estrago. Nesta sexta-feira, cerca de 40 trechos em 20 rodovias já foram liberados […]
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