O maior desastre climático do Rio Grande do Sul completou um mês na semana passada. Como saldo desta tragédia, o Estado registra 172 mortes, 806 feridos e 42 pessoas desaparecidas até o momento, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil do RS na manhã desse domingo (2).
Ainda de acordo com o informe, 2,3 milhões de gaúchos de 475 municípios já foram afetados pela tragédia climática. Há 580,1 mil pessoas desalojadas e 37,3 mil em abrigos.
Em todo o Estado, há mais de 24,2 mil pontos sem energia elétrica. A Corsan, por sua vez, afirma que o sistema de abastecimento de água foi normalizado. Atualmente, são 60 trechos com bloqueios totais e parciais em 34 rodovias, entre estradas, pontes e balsas.
Guaíba
O mês seguinte à maior tragédia climática do Rio Grande do Sul chega com boas notícias. O nível de medição do lago Guaíba baixou mais nesse domingo, e caiu para 3,48m, bem abaixo da cota inundação de 3,60m. Os dados são da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (Sema).
No sábado (1º), o lago registrou pela primeira vez em um mês marca abaixo da cota de inundação de 3,60 metros, registrando 3,58m na Usina do Gasômetro. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) substituiu o cais Mauá, cuja cota é de 3 metros, pela usina como nova referência oficial da inundação.
O nível da água ultrapassou a antiga marca de três metros no dia 2 de maio. Desde então, o Guaíba continuou a subir e chegou a atingir 5,35 metros de altura. De acordo com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-UFRGS), os cenários de previsão indicam recessão da cheia, com níveis ainda elevados, mas em declínio lento nos próximos dias em resultado dos volumes afluentes dos rios pelas chuvas da semana passada, com possíveis oscilações e represamentos com elevações temporárias em função do efeito dos ventos.
Segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Morgana Almeida, a previsão é que nos próximos dias, o Rio Grande do Sul não seja afetado pelas chuvas e grandes acúmulos, assim, tendo estabilidade para que água possa escoar sem novas elevações.
“Uma massa de ar frio e seco deixará o tempo estável, ou seja, sem chuva e com temperaturas baixas ao amanhecer e formação de nevoeiros, especialmente nas áreas serranas e de baixada. Há ainda previsão de geada nas serras gaúcha, catarinense”, informou.
O ministro de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou neste domingo (2) que o governo federal pretende acelerar nesta semana o debate sobre medidas de manutenção do emprego às empresas atingidas pelas enchentes do Estado. “Vamos acelerar nesta semana o debate sobre a manutenção dos postos de trabalho, sobre os caminhos que já existem na legislação, junto com o Ministério do Trabalho”, disse. A fala […]
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