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“Aterrorizante ver a água subir”, conta moradora de Sinimbu

today02/05/2024 418

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As chuvas que assolam o Rio Grande do Sul deixou marcas em Sinimbu. Uma das cidades mais atingidas pelas enchentes, iniciou hoje um trabalho de reconstrução. Os relatos da terça-feira, 30, são muitos, uma vez que ninguém esquece da maior tragédia climática já vista na cidade.

Nesta quinta-feira, 02, pela manhã, dois caminhões, um da Afubra e um do Exército levando mantimentos trouxeram um alento para aqueles que mais precisam. Já na parte da tarde, mais ajudas chegaram na cidade.

Segundo a secretária de saúde, Flávia Schaefer, algumas localidades ainda não possuem acessos, e muitos moradores caminham quilômetros até a Comunidade Evangélica, onde se concentram as doações, em busca de alimentos.

Ainda de acordo com a secretária, existem relatos de famílias que estão com 20 e até 50 pessoas dentro da mesma residência. Ela disse também que trilheiros chegarão na cidade para ajudar a levar mantimentos aos que precisam e que não possuem acesso.

A moradora de Sinimbu Baixo e funcionária do Centro de Aviamentos Rachor, Ani Caroline Muelller, estava limpando o estabelecimento na tarde desta quinta. Em entrevista para a Rádio Santa Cruz, ela relatou que os proprietários, moradores de Rio Pequeno, não conseguem chegar ao local, e ela recém havia conseguido entrar no estabelecimento. “Estamos tentando salvar o que é possível”, conta.

Foto: Centro de Aviamentos. Crédito: Lauren Fernandes

Ao lembrar do cenário vivido na terça, ela disse que até perguntou aos avós se já tinha ocorrido algo parecido em termos de destruição. “Conversando com meus avós, que viveram enchentes passadas, eles me falaram que é a pior enchente da história já vivida”, pontua.

Outro relato muito forte foi de Loana Maiara dos Santos, funcionária da Farmácias Associadas de Sinimbu, que ficou algumas horas presa no local, junto com os colegas Dulceane Haag e Eunizeo Vitalis, e o casal Marcos e Clair Swarowsky. Eles precisaram subir ao segundo andar do local para se proteger.

Foto: Loana. Crédito: Lauren Fernandes

Loana conta que foram até a farmácia levantar os materiais, pois a água estava subindo muito, mas não conseguiram sair. “A gente viu tudo descendo a rua, vimos caixões de uma funerária próxima descerem, vimos a ponte sobre o Rio Pardinho ser tomada pela água. Aterrorizante ver a água subir dessa forma”, recorda.

Loana também usou a quinta-feira para iniciar a limpeza no local, junto com outras pessoas. Ela relembrou o tempo em que ficou presa pela enchente, mas que conseguiu pedir ajuda ao irmão e também a vizinhos. Horas depois, todos foram resgatados com vida, mas o dia nunca mais será esquecido. “infelizmente é um acontecimento que vai ficar para sempre em nossas memórias”, enfatizou.

Por: Lauren Fernandes

Escrito por Jornalismo

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