A Administração Municipal atendeu solicitação de moradores do bairro Belvedere para a reabertura do trânsito para veículos leves na rua João Werlang. O pleito foi apresentado em reunião na manhã desta sexta-feira (17), no Salão Nobre do Palacinho, para discutir a situação da localidade.
Situado em área de risco, o bairro está sendo foco de grande atenção por parte do Poder Público Municipal. Desde o início do período de chuvas que se estabeleceu na região a partir do final de abril, a zona de encosta encontra-se em alerta devido à possibilidade de deslizamentos.
A Defesa Civil do município tem mantido a recomendação de alerta aos moradores do bairro em virtude dos diversos indícios de perigo, como rachaduras no solo e em residências, o que, entre outras coisas, pode representar ameaças iminentes à segurança das pessoas. “A carga sobre o trecho é muito grande e as rachaduras estavam aumentando. Infelizmente, não podemos dizer que é seguro voltar”, comentou o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, José Joaquim Dias Barbosa.
A prefeita Helena Hermany enfatizou que a Administração Municipal está adotando todas as medidas possíveis pensando na segurança das famílias do bairro. Ela se solidarizou com a situação dos moradores. “Não podemos obrigar ninguém a sair. Mas também não queremos perder nenhuma vida”, afirmou.
Conforme Helena, foi iniciado, em março deste ano, o Estudo Geológico-Geotécnico e Projeto Executivo de Contenção de Solos e Taludes. O serviço está sendo executado pela empresa TerraService, com sede em Caxias do Sul.
O trabalho está reunindo dados do bairro Belvedere, o que inclui amostragens e ensaios de solo, sondagens, estudo de drenagem e levantamento topográfico. Baseado nestas informações, será desenvolvido um projeto de drenagem e contenção das encostas, para evitar movimentos de massa, como quedas de bloco e deslizamentos.
Nos três meses iniciais, foram concluídos levantamentos preliminares e topográfico, além da coleta de amostras de solo. Ainda é preciso realizar os ensaios de solo e sondagens, as quais devem ocorrer em período de tempo firme. A estimativa da Prefeitura é de que o estudo e o projeto de contenção estejam finalizados até setembro, quando poderão se iniciar intervenções de modo a evitar a continuidade das instabilidades.
Famílias em áreas de risco que desejem deixar o Belvedere podem recorrer ao aluguel social. Helena informou que, na próxima semana, deverá enviar à Câmara de Vereadores um projeto para elevar o valor do benefício, atualmente na faixa dos R$ 800, para R$ 1.200.
Além disso, a prefeita lembrou que está empenhada na concretização de dois projetos de habitação popular para Santa Cruz do Sul que poderão beneficiar vítimas das áreas de risco do município. O Santa Maria II, com 144 casas, já tem recursos garantidos junto ao Governo Federal, e o segundo, com previsão de 560 casas, ainda está em tratativas iniciais. Durante a próxima semana, Helena estará em Brasília para tratar desta questão, entre outros temas de interesse para a cidade.
Ao final do encontro, também se estabeleceu uma comissão de moradores, que ficará em contato direto com a Defesa Civil para o acompanhamento das informações referentes à situação do bairro.
Ação realizada em parceria foca na emissão de laudos para permitir a volta para casa das famílias; trabalho é voluntário e ocorre em auxílio aos municípios para dar sequência ao processo de reconstrução das cidades O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), A Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul (Seasc) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio […]
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